25 de julho: Dia de Resistência e Protagonismo das Mulheres Negras no Brasil

Conheça as ações culturais e políticas afirmativas que celebram e fortalecem as mulheres negras em todo o país

No dia 25 de julho, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, uma data que marca a resistência, o protagonismo e a luta contínua das mulheres negras por justiça, igualdade e reconhecimento. Segundo dados da assessoria de imprensa do Ministério da Cultura (MinC), essa data é um momento de reflexão sobre o legado histórico e a importância das políticas culturais que valorizam e fortalecem as mulheres negras em todo o Brasil.

A pesquisadora e assessora do MinC, Cátia Maringolo, destaca que o 25 de julho representa não apenas a luta contra o racismo, o machismo e o patriarcado, mas também a conexão entre mulheres negras da diáspora, unidas pela “Amefricanidade”, conceito da intelectual Lélia Gonzalez que transcende barreiras culturais e linguísticas. Oficializada no Brasil pela Lei Nº 12.987/2014, a data homenageia Tereza de Benguela, líder quilombola do século XVIII, símbolo de resistência ao colonialismo e ao patriarcado.

Mariana Teixeira, assessora de Participação Social e Diversidade do MinC, ressalta a importância de dar visibilidade às mulheres negras que atuam na cultura popular, como mestras, educadoras, artistas e produtoras culturais, que mesmo enfrentando racismo institucional e violência de gênero, lideram processos culturais em todo o país. Para Mariana Braga, também assessora do MinC, o compromisso do ministério é enfrentar apagamentos históricos por meio de ações afirmativas, como cotas, editais específicos e bônus de pontuação, especialmente em setores como o audiovisual, onde a presença de diretoras negras ainda é muito baixa.

Entre as políticas culturais destacadas está a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que estabelece cotas para estados e municípios promoverem ações afirmativas de forma descentralizada. Cátia Maringolo reforça a necessidade de ampliar essas ações com foco em mulheres trans e travestis negras, grupo com menor acesso às políticas culturais.

Exemplos concretos dessas iniciativas incluem o curso “Uma Arrebentação das Margens”, promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa e ministrado pela escritora Conceição Evaristo, que abordou temas como oralidade, memória e ancestralidade. Outro destaque é o espetáculo musical “Vozes de Ébano”, no Tocantins, protagonizado por mulheres negras e contemplado pela Aldir Blanc, que homenageia grandes artistas negras brasileiras.

A artista Vera Verônika, premiada pelo Prêmio Cultura Viva, representa a força das mulheres negras na cultura Hip-Hop, movimento que utiliza a arte como instrumento político e educativo para combater o racismo, o machismo e a invisibilidade social. Ela enfatiza que “mulheres negras estão presentes” em todas as frentes do Hip-Hop, transformando realidades com suas vozes e expressões.

Além disso, Pontões de Cultura realizam ações alusivas ao mês de julho, como o Festival Mulheres Negras de Todo Mundo, que reúne artistas brasileiras, latino-americanas e africanas em apresentações virtuais de música e poesia, e o Pontão de Gênero em Rede, que promove rodas de conversa, oficinas e feiras culturais até o final do mês.

Essas iniciativas reafirmam o compromisso com a equidade de gênero, a justiça racial e o fortalecimento da cultura como direito fundamental para todas as mulheres negras, celebrando sua história, resistência e protagonismo no cenário cultural brasileiro.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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