Culpa parental nas férias: como a pressão por um julho perfeito afeta a saúde mental dos pais

Entenda como a cobrança por experiências grandiosas pode gerar estresse e prejudicar vínculos familiares

Durante as férias escolares de julho, muitas famílias vivenciam um período de entusiasmo para as crianças, mas que pode se transformar em fonte de estresse para pais, mães e cuidadores. Segundo a psicóloga Mariana Pinheiro, da Holiste Psiquiatria, esse desconforto está ligado à chamada “culpa parental”, um sentimento que surge diante da pressão para atender expectativas idealizadas sobre a criação dos filhos.

A “culpa parental” é um fenômeno comum entre aqueles que exercem o papel de cuidado, que se questionam ou são cobrados socialmente sobre o desempenho e dedicação na rotina com as crianças. Mariana explica que essa cobrança está profundamente ligada a papéis sociais e de gênero, e pode se manifestar em situações cotidianas, como o julgamento de uma mãe que participa de um evento social sem os filhos.

Durante o mês de julho, quando as crianças ficam em casa por mais tempo, essa sensação tende a se intensificar. Os cuidadores sentem a pressão para proporcionar um período repleto de atividades divertidas e produtivas, muitas vezes além de suas possibilidades reais de tempo, energia ou orçamento. A psicóloga alerta que essa cobrança pode gerar frustração, cansaço e até sentimentos de fracasso, transformando um momento que deveria ser leve e prazeroso em fonte de angústia.

Outro fator que agrava essa situação é a influência das redes sociais, que estimulam comparações constantes entre famílias. “Vivemos em uma sociedade altamente competitiva, em que o que é postado vira sinônimo de sucesso e bem-estar. Pais e mães acabam se sentindo pequenos por não conseguirem proporcionar aos filhos as mesmas experiências ou bens que os colegas mostram online”, destaca Mariana. Essa dinâmica alimenta a autocobrança e mina a autoestima dos cuidadores.

Mas o que realmente importa para as crianças nesse período? A psicóloga é categórica: “O essencial não está no valor das experiências, mas na qualidade da presença”. Segundo ela, as crianças precisam de tempo e atenção verdadeiros, mesmo que breves, que envolvam escuta e afeto. São esses momentos que constroem vínculos duradouros e memórias afetivas.

Mariana reforça que não é necessário investir em grandes gastos ou viagens para fortalecer a relação com os filhos. Brincadeiras simples, uma tarde assistindo filmes, cozinhar juntos ou até permitir momentos de ócio são estratégias valiosas. A rotina livre de tarefas e o tédio são importantes para o desenvolvimento da criatividade, autonomia e capacidade de lidar com frustrações.

Cada família deve encontrar sua própria forma de viver esse tempo, respeitando seus limites e priorizando o vínculo afetivo. “Nem sempre é possível fazer tudo. Mas é possível fazer algo significativo. O mais importante é a disponibilidade emocional para estar com a criança, mesmo em momentos simples. Isso é o que realmente fica na memória e no coração delas”, conclui a psicóloga.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Holiste Psiquiatria, clínica referência em saúde mental com mais de 20 anos de atuação.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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