Infarto e AVC: como identificar os sinais de alerta e proteger seu coração

As doenças cardiovasculares permanecem como a principal causa de morte no Brasil, representando cerca de 30% dos óbitos registrados em 2024, com mais de 440 mil vidas perdidas. Entre essas condições, destacam-se o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), eventos agudos que exigem atenção imediata para evitar sequelas graves e aumentar as chances de recuperação.

De acordo com o cirurgião cardiovascular Dr. Elcio Pires Junior, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, essas doenças envolvem problemas que afetam o coração e os vasos sanguíneos, incluindo hipertensão, insuficiência cardíaca, arritmias e alterações estruturais do coração. “O infarto e o AVC geralmente resultam de bloqueios que impedem o fluxo sanguíneo adequado para o coração ou o cérebro”, explica o especialista. A principal causa desses bloqueios é a aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nas paredes internas das artérias, comprometendo a circulação. No caso do AVC, além do bloqueio, pode ocorrer ruptura de vasos sanguíneos, provocando hemorragias cerebrais.

O estilo de vida tem papel fundamental no desenvolvimento dessas doenças. Alimentação desequilibrada, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool são fatores que favorecem o surgimento de pressão alta, colesterol elevado, glicemia descontrolada, sobrepeso e obesidade. “A maioria dos fatores de risco está ligada a hábitos não saudáveis, por isso a prevenção deve ser prioridade”, destaca Dr. Elcio.

Reconhecer os sinais de alerta é essencial para agir rapidamente. No infarto, a dor ou desconforto no centro do peito, que pode irradiar para braços, ombro esquerdo, mandíbula ou costas, é o sintoma mais comum. Outros sinais incluem suor frio, tontura, vômitos e palidez. Mulheres podem apresentar sintomas atípicos, como náuseas e falta de ar. Já no AVC, os sintomas típicos são fraqueza ou dormência súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar ou entender a fala, perda de visão, desequilíbrio, dor de cabeça intensa e desmaio.

Para prevenir essas doenças, o cirurgião recomenda mudanças simples, porém eficazes: manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o tabaco, controlar o estresse e garantir boas noites de sono. Além disso, é fundamental realizar avaliações médicas periódicas, especialmente para quem tem histórico familiar. Exames como eletrocardiograma, ecocardiograma, monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e análises laboratoriais ajudam a detectar alterações precoces e orientar o tratamento adequado.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Dr. Elcio Pires Junior, especialista em cirurgia cardiovascular. Cuidar do coração é cuidar da vida — fique atento aos sinais e adote hábitos saudáveis para garantir seu bem-estar.

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