Inflamação na gengiva pode aumentar riscos de infarto, diabetes e Alzheimer
Entenda como a saúde bucal está diretamente ligada a doenças graves e saiba como prevenir
Dados recentes da assessoria de imprensa destacam um alerta importante para a saúde feminina: a doença periodontal, que afeta as gengivas, pode estar diretamente ligada ao aumento do risco de doenças graves como infarto, AVC, diabetes descompensada e Alzheimer. O dentista José Todescan Júnior, especialista pela USP, explica que a inflamação gengival, quando negligenciada, permite que bactérias da boca entrem na corrente sanguínea, atingindo órgãos vitais e desencadeando complicações sistêmicas.
Segundo o especialista, “o que começa como uma gengivite ou periodontite pode evoluir para complicações muito mais sérias”. Estudos científicos reforçam essa conexão. Um levantamento publicado no Journal of Clinical Periodontology revelou que pacientes com periodontite severa têm até 25% mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Além disso, pesquisa da Universidade de Nova York associou a presença de patógenos orais no cérebro à progressão do Alzheimer.
O impacto da doença periodontal não se limita ao sistema cardiovascular e nervoso. Ela também dificulta o controle glicêmico em pessoas com diabetes, agrava a artrite reumatoide e está relacionada a partos prematuros e bebês com baixo peso. Todescan destaca que “a inflamação crônica gerada pelas doenças periodontais funciona como um gatilho sistêmico, agravando condições pré-existentes ou favorecendo o surgimento de novas doenças”.
A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2024) revela que mais de 3,5 bilhões de pessoas no mundo sofrem com problemas bucais, e no Brasil cerca de 14 milhões vivem sem nenhum dente, evidenciando a dimensão do problema como questão de saúde pública. Para reduzir esses riscos, o especialista recomenda uma rotina rigorosa de higiene bucal, incluindo escovação correta, uso diário de fio dental, alimentação equilibrada, abandono do tabagismo e consultas odontológicas regulares. “A saúde começa na boca, e pequenas mudanças de hábito podem ter um impacto gigantesco na qualidade de vida”, reforça.
Infelizmente, muitos pacientes só buscam atendimento quando já sentem dor ou sangramento, momento em que o dano pode ser irreversível, causando perda óssea e comprometimento da estrutura dental. O protocolo ideal de prevenção inclui profilaxia clínica, exames complementares, escaneamentos digitais e orientações comportamentais personalizadas. Todescan enfatiza que o objetivo é “não só preservar o sorriso, mas oferecer um cuidado que reflita no organismo como um todo”.
A atenção à saúde bucal é especialmente crucial em fases como a gestação e a velhice. Mulheres grávidas com inflamação gengival têm maior risco de complicações obstétricas, enquanto idosos com periodontite ficam mais vulneráveis a doenças respiratórias e demências. Para o especialista, “a boca não pode mais ser vista como um sistema isolado. Estamos falando de uma porta de entrada para a saúde, ou para o adoecimento do corpo inteiro”.
Este alerta reforça a importância de cuidar da saúde bucal como parte integral do bem-estar geral, especialmente para as mulheres que desejam manter a qualidade de vida e prevenir doenças graves.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA