Encantamento como Estratégia Contínua para Fidelização e Crescimento Empresarial
Como a personalização no atendimento transforma clientes em fãs e impulsiona resultados ao longo do ano
A personalização no atendimento, responsável por impulsionar o retorno de até 40% dos turistas após o Carnaval deste ano, segundo a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), deixou de ser um diferencial pontual. Em julho de 2025, bares, restaurantes e hotéis que mantêm práticas de encantamento relatam ganhos consistentes: crescimento no volume de avaliações positivas em plataformas digitais, aumento da fidelidade de clientes e elevação do ticket médio.
Práticas de encantamento devem ser incorporadas à cultura da empresa. Encantar não pode ser uma ação isolada. Quando o atendimento é genuinamente empático e atento aos detalhes, cria-se uma conexão emocional que fideliza o cliente ao longo do ano.
A metodologia “Estratégia da Magia”, baseada em quatro pilares — propósito, cultura organizacional, liderança inspiradora e encantamento do cliente — já capacitou milhares de líderes no Brasil e no exterior. Inspirada em modelos aplicados por empresas como Disney e Apple, essa abordagem mostra que atitudes simples, como lembrar o nome do cliente, antecipar necessidades ou oferecer algo inesperado, criam vínculos e transformam consumidores em promotores da marca.
Empresas com forte cultura de empatia e reconhecimento interno registram até 35% menos rotatividade e índices mais altos de produtividade. Esse desempenho está diretamente relacionado à cultura de atendimento. O encantamento externo é reflexo direto do encantamento interno. Líderes que inspiram e reconhecem sua equipe diariamente criam o ambiente necessário para que o encantamento aconteça de forma natural e autêntica.
Além disso, 80% dos turistas estrangeiros que vivenciam interações positivas recomendam os estabelecimentos nas redes sociais, gerando um efeito multiplicador que se intensifica com a valorização de plataformas como TripAdvisor e Google Reviews.
Encantamento não deve ser confundido com custo extra, e sim com vantagem competitiva. Empresas que enxergam o atendimento como mera etapa operacional estão perdendo a chance de se diferenciar. O encantamento precisa estar na cultura, no discurso e, sobretudo, na prática.
O cliente pode até esquecer o produto que comprou, mas não esquecerá como foi tratado. Em um cenário de disputas cada vez mais acirradas pela atenção do consumidor, empresas que encantam não apenas retêm, transformam clientes em fãs.
Por Alexandre Slivnik
Especialista em excelência no atendimento ao cliente, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), diretor executivo do Instituto Brasileiro de Excelência em Serviços (IBEX), professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP), autor da metodologia “Estratégia da Magia”, autor de diversos livros incluindo o best-seller O Poder da Atitude, palestrante internacional com mais de 20 anos de experiência, com especialização na Universidade de Harvard (Graduate School of Education).
Artigo de opinião