Cinco ajustes estratégicos para impulsionar o crescimento no segundo semestre de 2025

Como pequenas mudanças na gestão podem destravar resultados e preparar sua empresa para o sucesso ainda este ano

Falhas na estrutura de liderança e cultura organizacional engessada são entraves silenciosos que impedem empresas de avançarem, mesmo em mercados aquecidos.

Com o início do segundo semestre de 2025, empresas que ainda não atingiram as metas do ano enfrentam um momento decisivo: ou reorganizam seus processos de gestão, ou correm o risco de encerrar o ciclo em estagnação. Embora fatores externos, como juros elevados e instabilidade econômica, afetem parte do desempenho, especialistas apontam que boa parte dos gargalos de crescimento nasce dentro da própria estrutura organizacional.

De acordo com levantamento da consultoria PwC, 58% dos executivos brasileiros consideram a rigidez de processos internos o principal obstáculo à inovação nas empresas. Já um estudo da McKinsey revela que companhias que revisam rotinas e incentivam a escuta ativa de colaboradores têm 45% mais chances de retomar o crescimento após períodos de retração.

O segundo semestre é o período ideal para rever o que funcionou, corrigir desvios e redefinir prioridades. Muitas vezes o problema não está no mercado, no produto ou na equipe, mas sim na maneira como a liderança conduz as operações. Ajustes simples, mas estratégicos, na cultura, no clima organizacional e nos indicadores de desempenho podem gerar uma virada concreta ainda este ano.

Empresas que mantêm estruturas de gestão ultrapassadas, centralizadoras ou insensíveis às mudanças de comportamento do consumidor e dos colaboradores tendem a perder competitividade, mesmo atuando em setores em expansão. A gestão precisa deixar de ser reativa e se tornar intencional. Rever a estratégia em julho é uma oportunidade de recuperar fôlego, reorganizar metas e preparar o time para uma entrega mais eficiente.

Cinco ajustes que podem impulsionar o crescimento da empresa ainda no segundo semestre:

1. Revisar metas e KPIs com base na realidade atual
Muitas metas estabelecidas no início do ano já não condizem com o contexto de mercado ou com a performance real da empresa. O ideal é adaptar os KPIs à nova realidade e garantir que todos os colaboradores compreendam quais são as prioridades. Alinhar metas é fundamental para manter a motivação e a produtividade. O erro é insistir em números inalcançáveis sem revisar a estratégia.

2. Avaliar a escuta interna e o engajamento do time
Estudo da Gallup mostra que empresas com colaboradores engajados apresentam até 21% mais lucratividade. Ferramentas simples de escuta ativa, como pesquisas rápidas ou reuniões de alinhamento semanais, ajudam a mapear entraves operacionais e melhoram a tomada de decisões.

3. Identificar gargalos operacionais que consomem recursos
O segundo semestre é o momento ideal para rever processos que demandam esforço excessivo e entregam pouco valor. Mapear o fluxo de trabalho, eliminar retrabalhos e digitalizar tarefas manuais são caminhos rápidos para liberar tempo e equipe para atividades estratégicas.

4. Estimular um ambiente de inovação e colaboração
Segundo a Deloitte, 82% das empresas com cultura de inovação têm maior resiliência a crises. Criar rituais simples, como brainstormings mensais e espaços para sugestões internas, pode destravar ideias que não emergiram em estruturas engessadas.

5. Reposicionar lideranças e descentralizar decisões
Um dos erros mais comuns em empresas em estagnação é a concentração de decisões em poucas lideranças. Promover lideranças intermediárias e descentralizar decisões aumenta a agilidade e cria senso de pertencimento. A autonomia bem orientada gera mais entrega e menos dependência da figura central do gestor.

É possível ajustar a rota sem grandes investimentos. Muitas empresas acreditam que para crescer é preciso contratar mais ou mudar drasticamente a estrutura. Mas, na maioria das vezes, reorganizar o que já existe com inteligência e foco estratégico já traz resultados visíveis em poucos meses.

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Por Carla Martins

Vice-presidente do SERAC; contabilista; formada em Marketing pela ESPM; pós-graduada em Big Data e Marketing

Artigo de opinião

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