Como superar a ansiedade ao falar em público: treino e preparo são a chave
Medo, insegurança e autocobrança afetam até 70% das pessoas, mas a prática constante transforma o nervosismo em confiança e desempenho positivo
Medo do julgamento, insegurança, autocobrança e perfeccionismo estão entre os principais fatores que provocam ansiedade na hora de falar em público. De acordo com estudos recentes, cerca de 70% da população apresenta algum nível de medo ou desconforto ao encarar plateias, reuniões ou entrevistas.
Esse receio, quando intenso, pode desencadear uma resposta física do corpo que entra em modo “luta ou fuga”, ativando sintomas como coração acelerado, mãos suadas e voz trêmula. Apesar de comum, esse bloqueio pode ser superado com técnicas de preparo e prática constante.
Falar em público é como exercitar um músculo: quanto mais você pratica, mais forte ele fica. Com o tempo, o medo dá lugar à segurança.
Mesmo quem sente pânico ao subir no palco pode alcançar um bom desempenho com dedicação e planejamento. O segredo está na repetição e no treino, ferramentas essenciais para transformar a insegurança em confiança.
Para quem ainda sofre com ansiedade antes de uma apresentação, algumas dicas práticas podem ajudar:
– Comece aos poucos: participe mais de reuniões, comente em aulas ou converse em grupos menores. Ganhar confiança em ambientes controlados é o primeiro passo.
– Controle a respiração: técnicas simples, como inspirar pelo nariz contando até 4, segurar o ar por 2 segundos e soltar lentamente pela boca até 6, ajudam a reduzir os sintomas físicos da ansiedade.
– Foque na mensagem, não em você: mude a perspectiva de “o que vão achar de mim?” para “o que quero transmitir ao público?”.
– Lembre-se de que o público está do seu lado: a maioria das pessoas torce para que quem está falando se saia bem. E, se algum erro acontecer, dificilmente será percebido por quem assiste.
Quando há preparo, o palco deixa de ser um lugar de medo e passa a ser um espaço de conexão.
Por Karina Pachiega
jornalista, especialista em comunicação e oratória, 25 anos de carreira, fundadora de empresa de projetos de comunicação, ex-repórter e apresentadora em grandes emissoras (SBT, TV Globo)
Artigo de opinião