9 em cada 10 brasileiros acreditam que adolescentes não têm apoio emocional para lidar com as redes sociais

Um levantamento recente divulgado pela assessoria de imprensa da Press FC, com dados da pesquisa realizada pela Porto Digital e análise de especialistas, mostra que 9 em cada 10 brasileiros acreditam que adolescentes não recebem o apoio emocional e social necessário para enfrentar os desafios das redes sociais. Este dado revela uma preocupação crescente com a saúde mental dos jovens em um mundo cada vez mais conectado.

A pesquisa ouviu brasileiros maiores de 18 anos com acesso à internet e apontou que, apesar do alto uso das redes sociais entre adolescentes, apenas 20% dos pais pretendem utilizar futuramente ferramentas de controle digital para monitorar o uso dos filhos. Essa discrepância entre a percepção dos riscos e a ação parental reforça a necessidade de maior conscientização e orientação familiar.

Cristiano Costa, psicólogo e CKO da EBAC (Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo), explica que o sistema de recompensas dos jogos digitais e das redes sociais ativa circuitos cerebrais semelhantes aos envolvidos em vícios, liberando dopamina e tornando os jovens mais vulneráveis à compulsão. “Crianças e adolescentes ainda estão em processo de formação cognitiva, o que os torna mais suscetíveis a esses estímulos”, destaca o especialista.

Além disso, a pesquisa aponta que 57% dos entrevistados consideram o bullying e a violência escolar como os maiores desafios enfrentados pelos adolescentes atualmente. Outros problemas emocionais como depressão e ansiedade foram citados por 48%, enquanto 32% mencionaram a pressão estética como causa de sofrimento entre os jovens.

Outro dado relevante é a opinião da população sobre a presença de psicólogos nas escolas: 70% dos entrevistados defendem essa medida como fundamental para oferecer suporte emocional adequado aos estudantes. A pesquisa “Influenciadores”, conduzida pela Croma Consultoria, também mostrou que o uso das redes sociais é segmentado por gerações, com o WhatsApp sendo a plataforma mais popular entre as gerações X e Y, enquanto Instagram e TikTok predominam entre Millennials e Geração Z.

Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma e idealizador do estudo, reforça que essa segmentação exige um olhar atento dos pais e responsáveis, que devem orientar e controlar o uso das redes para garantir um ambiente digital mais seguro e saudável para os jovens.

Diante desse cenário, fica claro que o cuidado com a saúde mental dos adolescentes nas redes sociais é uma responsabilidade coletiva, que envolve famílias, escolas, governo e sociedade. Investir em apoio emocional, educação digital e ferramentas de controle pode ser o caminho para proteger os jovens dos riscos do mundo virtual e promover seu bem-estar integral.

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