Quando a escolha de não ter netos impacta os idosos: desafios e caminhos para o bem-estar

A recente série da Netflix, *Ilhados com Sogra*, trouxe à tona um tema delicado e pouco discutido: como os idosos lidam com a decisão dos filhos de não terem filhos, ou seja, a ausência de netos. Essa situação, que pode gerar conflitos e sentimentos complexos, merece uma reflexão profunda sobre as expectativas familiares, o impacto emocional e as alternativas para uma vida plena na maturidade.

Segundo dados e análises fornecidos por especialistas da área, a criação da expectativa de ter netos é culturalmente muito forte e, quando essa expectativa não se concretiza, pode gerar frustrações e até conflitos familiares. Silvia Rezende Azevedo Floh, psicóloga especializada em Terapia Comportamental Cognitiva e colaboradora do Instituto de Psiquiatria da USP, explica que “a expectativa de avós em relação aos netos está ligada a um desejo de continuidade e pertencimento, mas é fundamental compreender e respeitar a escolha dos filhos para preservar a saúde emocional de todos”.

Além do aspecto psicológico, a solidão na maturidade é um desafio real para muitos idosos. Valéria Lins, gerontóloga com vasta experiência em saúde e longevidade, destaca que “a ausência de netos pode intensificar sentimentos de isolamento, mas é possível trabalhar estratégias para manter a mente ativa e a rede social fortalecida, reduzindo os impactos negativos da solidão”.

Nesse contexto, a relação intergeracional entre avós e netos é benéfica, mas não deve ser vista como única fonte de realização pessoal. Martin Henkel, especialista em marketing para o público 60+, reforça a importância de desenvolver hobbies e interesses próprios após os 60 anos. “Investir em atividades independentes, como artes, esportes, voluntariado ou estudos, contribui para a autoestima, o senso de propósito e a qualidade de vida dos idosos”, afirma.

Portanto, lidar com a ausência de netos envolve um processo de aceitação, diálogo aberto entre gerações e a busca por novas formas de ocupação e conexão social. A expectativa deve ser gerenciada com empatia e compreensão, valorizando a autonomia dos filhos e o bem-estar dos avós.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa e entrevistas com especialistas renomados nas áreas de psicologia, gerontologia e mercado da longevidade, trazendo um olhar multidisciplinar sobre um tema que toca muitas famílias brasileiras.

Se você é avó ou avô, ou conhece alguém que enfrenta essa situação, lembre-se: a felicidade e a realização na maturidade podem vir de múltiplas fontes, e cultivar uma vida ativa e cheia de significado é o melhor caminho para o envelhecimento saudável.

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