Morre Divaldo Franco aos 98 anos: líder espírita enfrentava câncer de bexiga
Entenda os principais aspectos do câncer de bexiga, doença que acometeu o renomado orador e humanitário brasileiro
Na noite do dia 13 de maio de 2025, faleceu em Salvador o líder religioso Divaldo Franco, aos 98 anos. Reconhecido como um dos maiores oradores espíritas do país, Divaldo dedicou sua vida à espiritualidade e às causas humanitárias, deixando um legado literário com mais de 260 obras traduzidas para 17 idiomas. Em novembro de 2024, ele foi diagnosticado com câncer de bexiga, doença que culminou em falência múltipla dos órgãos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de bexiga tem maior prevalência em pessoas acima de 55 anos. Estima-se que, no triênio 2023-2025, ocorram cerca de 11.370 novos casos da doença no Brasil, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres. Isso equivale a uma incidência de 7,45 casos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres.
A oncologista Dra. Pamela Carvalho Muniz, da Oncoclínicas&Co, explica que além da idade, outros fatores aumentam o risco de desenvolver a neoplasia. “O tabagismo é responsável por 50% a 70% dos casos, e a exposição a substâncias químicas como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), agrotóxicos e benzeno também contribuem para o surgimento do câncer de bexiga”, destaca.
O câncer de bexiga pode ser silencioso em seus estágios iniciais, mas alguns sintomas merecem atenção, como hematúria (sangue na urina), vontade frequente de urinar e dor ao urinar. “Esses sinais devem ser investigados, pois podem indicar doenças do trato urinário, incluindo o câncer”, alerta a especialista.
Existem três tipos principais de câncer de bexiga:
– Carcinoma de células de transição: o mais comum, que começa nas células internas da bexiga.
– Carcinoma de células escamosas: menos frequente, associado a irritações crônicas.
– Adenocarcinoma: raro, originado nas células glandulares após inflamações prolongadas.
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Exames clínicos, laboratoriais e de imagem são essenciais para identificar a doença em fases iniciais. O tratamento varia conforme o estágio e pode incluir cirurgia — parcial ou total da bexiga — e quimioterapia, que pode ser administrada antes ou depois da cirurgia para eliminar células cancerígenas remanescentes.
Para prevenir o câncer de bexiga, a Dra. Pamela reforça a importância de hábitos saudáveis: “Praticar atividades físicas regularmente, evitar o tabagismo, moderar o consumo de álcool, manter uma alimentação equilibrada e hidratar-se adequadamente são medidas fundamentais”.
A especialista também esclarece alguns mitos comuns: o câncer de bexiga não compromete diretamente a virilidade masculina, embora tratamentos extensos possam causar disfunções sexuais; a doença tem cura, especialmente quando detectada precocemente; e apesar de poder retornar, o acompanhamento médico contínuo permite controle eficaz.
Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa da Oncoclínicas&Co, maior grupo de tratamento oncológico da América Latina, que atua com foco em inovação, pesquisa e medicina de precisão. Para mais informações, visite www.oncoclinicas.com.
Divaldo Franco deixa um legado de fé, conhecimento e dedicação à humanidade, e sua partida reforça a importância da conscientização sobre o câncer de bexiga e a necessidade de cuidados preventivos para a saúde.