Dermocosméticos em alta no Brasil: 76% cuidam da pele, mas falta informação segura
Cresce o interesse por skincare, mas casos de uso inadequado alertam para a importância da conscientização e regulação
O cuidado com a pele já é parte da rotina de 76% dos brasileiros, segundo dados da Euromonitor International divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Entre as mulheres, esse índice sobe para 88%, refletindo o crescente interesse pelo universo dos dermocosméticos. No entanto, apesar da popularidade, ainda há uma lacuna significativa em relação à informação clara e acessível sobre o uso seguro e eficaz desses produtos.
Recentemente, relatos na internet de mulheres que sofreram queimaduras na região dos olhos após o uso de um sérum para cílios de uma marca brasileira chamaram a atenção para os riscos da aplicação indiscriminada e da falta de orientação adequada. Esse cenário evidencia a necessidade urgente de conscientização sobre o uso correto dos dermocosméticos e o papel fundamental da regulação para garantir a segurança do consumidor.
O mercado farmacêutico brasileiro movimentou mais de R$ 7 bilhões em dermocosméticos em 2024, conforme dados da consultoria IQVIA. Esse crescimento acompanha a demanda por produtos que prometem tratar acne, uniformizar o tom da pele, controlar a oleosidade e prevenir o envelhecimento. Contudo, o aumento da oferta dificulta a escolha do consumidor, que busca comprovação científica para as promessas feitas pelas marcas.
Estudos recentes reforçam essa tendência. De acordo com a Mintel, 8 em cada 10 brasileiros acreditam que as marcas deveriam apresentar mais evidências científicas para justificar os benefícios anunciados. Além disso, a pesquisa “O cuidado para o brasileiro”, do Opinion Box, aponta que a qualidade é o principal critério de escolha, superando até mesmo o prestígio das grandes marcas, que influenciam apenas 14% dos consumidores.
Nesse contexto, empresas que investem em ciência, transparência e conformidade com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ganham destaque. A farmacêutica Lidiane Soares, responsável técnica da Tulípia Cosméticos, destaca que “a atuação da Anvisa é essencial nesse cenário, pois regulamenta e fiscaliza o setor. Desde a escolha dos ingredientes até o envase final e armazenamento, é preciso seguir rigorosamente normas técnicas e sanitárias para evitar riscos à saúde e entregar resultados reais ao consumidor.”
Além da regulação, a transparência é cada vez mais valorizada pelos consumidores. Informar claramente os ingredientes, modo de uso, cuidados necessários e limites dos resultados esperados gera confiança e fideliza o público. Outro ponto importante é a qualificação dos profissionais de estética que indicam e aplicam esses produtos, pois 26% dos consumidores buscam informações em perfis especializados nas redes sociais, mas quase 90% já acreditaram em algum conteúdo falso, segundo levantamento do Instituto Locomotiva.
Por isso, marcas como a Tulípia investem em treinamentos e materiais educativos para garantir o uso seguro e eficaz dos dermocosméticos, reduzindo riscos e fortalecendo a relação ética entre indústria, profissionais e consumidores. “Profissionais qualificados entregam melhores resultados e experiências ao cliente, o que valoriza a marca no mercado”, afirma Lidiane Soares.
Com o mercado em expansão, o desafio é garantir que o cuidado com a pele seja não apenas uma tendência, mas uma prática segura, consciente e baseada em evidências científicas, protegendo a saúde e a beleza das brasileiras.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados e informações da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA