Frente fria no Paraná eleva risco de crises respiratórias e hospitalizações por asma grave
Baixas temperaturas e ar seco exigem cuidados redobrados para proteger a saúde respiratória no inverno
Com a chegada de uma nova frente fria no Paraná, especialistas em saúde respiratória acendem um alerta importante para a população, especialmente para quem convive com asma grave. Dados recentes da assessoria de imprensa da AstraZeneca destacam que as baixas temperaturas, o ar seco e a maior circulação de vírus respiratórios durante o inverno aumentam significativamente o número de hospitalizações no Brasil, podendo chegar a um crescimento de até 30% nos casos de internação por asma¹.
A asma grave, que corresponde a cerca de 5% a 10% dos casos de asma no país, é uma condição inflamatória persistente das vias aéreas que não responde adequadamente ao tratamento convencional, mesmo quando este é seguido corretamente. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, esses pacientes enfrentam sintomas contínuos, múltiplas crises e alta taxa de hospitalizações².
A pneumologista Angela Honda, diretora executiva da Fundação PROAR, explica que o inverno cria um cenário especialmente desafiador para esses pacientes. “O ar seco e frio resseca as vias aéreas e facilita a entrada de partículas irritantes e agentes infecciosos, desencadeando crises mais intensas.” Além disso, a diminuição da sensação de sede nessa estação leva a uma menor ingestão de líquidos, prejudicando a hidratação do sistema respiratório.
Para evitar complicações, a médica reforça a importância da vacinação anual contra a gripe, especialmente para pessoas com doenças respiratórias crônicas. A imunização contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que tradicionalmente é indicada para crianças, também é recomendada para idosos com comorbidades. A vacina contra o pneumococo, disponível no SUS e na rede privada, é outro recurso essencial. Manter os ambientes ventilados e higienizar roupas e cobertores guardados por longos períodos são cuidados adicionais indicados para este período.
No tratamento da asma grave, avanços significativos foram alcançados com o uso de imunobiológicos, medicamentos que atuam de forma personalizada bloqueando células inflamatórias específicas. Essa terapia tem revolucionado o manejo da doença, proporcionando melhor controle dos sintomas, redução das crises e menor necessidade de hospitalização².
Apesar dos avanços, o Brasil ainda apresenta índices preocupantes de mortalidade por asma, principalmente entre crianças pequenas e idosos³. Por isso, a conscientização sobre a gravidade da doença e o acesso ao diagnóstico e tratamento adequados são fundamentais para melhorar esse cenário.
Diante do inverno rigoroso, a recomendação é que pacientes com asma grave mantenham acompanhamento médico regular, sigam rigorosamente seus tratamentos e adotem medidas preventivas para atravessar essa estação com mais segurança e qualidade de vida.
Referências:
¹ BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS – DATASUS.
² SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes para o manejo da asma grave no Brasil – 2022.
³ UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica. Asma: dados epidemiológicos e impacto na saúde pública.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA