Entenda a importância de exames periódicos de visão
A visão é responsável por cerca de 85% da percepção humana e os exames oculares devem ser realizados com frequência, mesmo com a ausência de sintomas relacionados à saúde ocular. No Brasil, as causas mais constantes de deficiência visual são originadas de erros de refração não corrigidos, como: cataratas, glaucomas, sequelas de traumatismos, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade.
Para a coordenadora do curso de Óptica e Optometria da Cruzeiro do Sul Virtual, Profª Marcia Regina Pinez Mendes, os exames de visão devem ser realizados ao menos uma vez ao ano. Quanto aos indivíduos que já utilizam óculos, a recomendação é que realizem os exames a cada período entre seis e oito meses.
O profissional responsável por realizar esses exames é o Optometrista, que tem como foco identificar e corrigir defeitos da visão, diferentemente da Oftalmologia, por exemplo, cuja especialização médica é diagnosticar e tratar doenças relacionadas aos olhos.
“Se a imagem de um objeto estiver fora do foco, é possível detectar se ela tem miopia, astigmatismo, hipermetropia e até mesmo a presbiopia, que nada mais é do que o olho que está envelhecendo e ficando cansado. As doenças como catarata, glaucoma e patologias específicas do olho podem ser detectadas por esse profissional, que deverá encaminhar prontamente ao médico Oftalmologista, para que avalie e trate de forma mais adequada”, explica a professora da Cruzeiro do Sul Virtual.
Ainda segundo a coordenadora do curso, quando erros refrativos não são tratados, a tendência é que os pacientes tenham cada vez menos acuidade visual e dificuldades em tarefas corriqueiras como a leitura. Além disso, a docente aponta que além de dificuldades com as atividades simples do dia a dia, as alterações refrativas, podem causar dor de cabeça, olho seco e dificuldade de concentração.
Vale destacar, porém, que cada indivíduo possui uma alteração refrativa específica e isso precisa ser avaliado pelo profissional, para que o tratamento seja desenvolvido de acordo com a necessidade de cada paciente. Pensando nisso, a professora Marcia Regina, elencou as principais diferenças entre elas. Confira!
Miopia: a pessoa tem redução da acuidade visual de longe. A luz que entra não pode focar na retina pois o globo ocular é mais longo fazendo com que os objetos de longe apareçam borrados. A miopia desenvolve e progride ao longo da adolescência e costuma estabilizar entre 18 e 21 anos de idade.
Hipermetropia: É o oposto da miopia e a pessoa tem dificuldade de enxergar de perto, pois o globo ocular é mais curto, fazendo com que a imagem seja formada depois da retina. É mais comum em adultos. Atividades como ler, escrever, trabalhar muito tempo em frente ao computador ou qualquer atividade que exija uma visão mais próxima podem causar fadiga ocular e dor de cabeça.
Astigmatismo: Por ter uma córnea com uma curvatura irregular e ovalada, a luz que entra sofre desvios fazendo com que a imagem apareça em múltiplas regiões, o sintoma principal é a visão turva e a pessoa enxerga de forma distorcida ou desfocada a qualquer distância. À noite, as luzes parecem que se estendem como feixes.