Julho Amarelo: A importância dos exames para detecção precoce das hepatites

Entenda como a vacinação e os testes laboratoriais são essenciais para prevenir e controlar as hepatites no Brasil

Julho Amarelo é o mês dedicado à conscientização sobre as hepatites virais, doenças que representam um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites causam cerca de 1,3 milhão de mortes anuais globalmente. No Brasil, as formas mais comuns são as hepatites A, B e C, com destaque para a crescente preocupação em relação à hepatite A, que tem provocado surtos principalmente entre adultos jovens nas regiões Sul e Sudeste.

De acordo com João Renato Rebello Pinho, patologista clínico e membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), a detecção precoce por meio de exames laboratoriais é fundamental para o controle da doença. “O diagnóstico da doença é feito por meio de exame de sangue, que detecta a presença de anticorpos contra o vírus no organismo. Tanto a hepatite B quanto a hepatite C têm tratamento se chegarem à fase crônica, evitando que a doença evolua para cirrose hepática e suas complicações, incluindo transplante hepático e câncer de fígado”, explica o especialista.

O desafio no combate às hepatites está na ausência de sintomas precoces, o que dificulta o diagnóstico. Por isso, é essencial que os médicos solicitem sorologias e exames de rotina, além de discutir a imunização para prevenção das hepatites A e B. Para a hepatite B, são realizados testes para antígenos e anticorpos específicos, enquanto a hepatite C é inicialmente triada pelo anti-HCV, seguida da confirmação por carga viral. No caso da hepatite A, o marcador IgM anti-HAV indica infecção recente, e o IgG anti-HAV revela imunidade adquirida por infecção passada ou vacinação.

Um levantamento brasileiro realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em parceria com o Ministério da Saúde, mostrou que a hepatite A continua causando surtos, especialmente entre homens que fazem sexo com outros homens e pessoas que consomem peixes e frutos do mar crus. Em 2023, foram notificados 2.080 casos no país, com 90% deles em adultos e quase 70% em homens. Um surto recente em Curitiba registrou 315 casos e cinco óbitos, evidenciando que a hepatite A não é mais uma doença restrita à infância.

Desde 2014, a vacina contra hepatite A faz parte do calendário infantil do SUS, com dose única aos 15 meses, o que ajudou a reduzir os casos na infância. No entanto, a necessidade de ampliar a cobertura vacinal e reforçar campanhas de conscientização permanece urgente. “Mesmo com a vacinação alta, ainda encontramos surtos concentrados em grupos específicos. É um alerta para mantermos estratégias de vacinação mais eficazes e reforçar campanhas de conscientização”, destaca João Renato.

Além da vacinação, práticas como sexo seguro, higiene adequada e acesso ao saneamento básico são pilares essenciais para a prevenção das hepatites. A SBPC/ML reforça que a combinação de vacinação e diagnóstico laboratorial é o caminho para avançar na eliminação dessas doenças como problema de saúde pública.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

👁️ 72 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar