Laserterapia: um aliado no alívio dos sintomas da doença mão-pé-boca em crianças
Especialista explica como a técnica reduz dor, acelera cicatrização e melhora a qualidade de vida durante a infecção
O:
A doença mão-pé-boca, infecção viral comum na primeira infância, tem preocupado pais e profissionais de saúde devido ao aumento de casos no Brasil. Caracterizada por febre, aftas dolorosas e erupções cutâneas nas extremidades, a condição — causada principalmente pelo vírus Coxsackie A16 — pode deixar crianças irritadas e com dificuldade para se alimentar. Embora autolimitada, a laserterapia surge como uma opção terapêutica para aliviar os sintomas e acelerar a recuperação.
Como a laserterapia atua?
A enfermeira pediátrica e laserterapeuta Cintia Freitas Leite, com 16 anos de experiência, destaca os benefícios da técnica: “O laser de baixa intensidade reduz a inflamação, promove a regeneração tecidual e diminui a dor de forma significativa”. Isso é especialmente importante para lesões orais, que costumam prejudicar a hidratação e nutrição das crianças.
Estudos comprovam que a terapia com luz vermelha ou infravermelha estimula a produção de ATP (energia celular), melhorando a cicatrização. Na prática, isso significa:
– Redução do uso de medicamentos: Menor necessidade de analgésicos e anti-inflamatórios;
– Recuperação mais rápida: Lesões cicatrizam em até 30% menos tempo;
– Conforto imediato: Alívio da dor após as primeiras sessões.
Cuidados integrados são essenciais
A especialista ressalta que a laserterapia não substitui o acompanhamento médico, mas complementa o tratamento. Medidas de prevenção, como higiene rigorosa das mãos e isolamento durante a fase aguda, continuam sendo fundamentais para conter surtos — comuns em creches e escolas.
Quando procurar a técnica?
Indicada a partir do diagnóstico confirmado, a aplicação deve ser feita por profissionais qualificados. “O laser é seguro e indolor, mas requer ajustes específicos para cada caso”, explica Cintia. A maioria das crianças apresenta melhora após 2-3 sessões, com ganhos visíveis na alimentação e no humor.
Diante do cenário atual, onde o Ministério da Saúde registra aumento de casos, terapias não invasivas como essa ganham espaço na pediatria moderna, oferecendo conforto e eficácia sem efeitos colaterais. Para os pais, a mensagem é clara: além de cuidar da higiene, vale explorar opções que transformem um período desafiador em uma experiência mais tranquila para os pequenos.