Perda de desejo sexual: médico sexologista revela as causas mais comuns e quando buscar ajuda
Dr. João Borzino explica os fatores físicos, emocionais e sociais que afetam a libido e alerta sobre os riscos de tratamentos não especializados
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A diminuição do desejo sexual é um problema mais comum do que se imagina, afetando tanto homens quanto mulheres. Segundo o médico sexologista e terapeuta sexual João Borzino, essa questão envolve uma complexa interação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Dados alarmantes mostram que 48,5% das mulheres que buscaram ajuda médica por disfunções sexuais relataram falta ou redução da libido, enquanto entre os homens, 45,1% apresentaram disfunção erétil associada à queda do desejo sexual.
### Principais causas da perda de desejo sexual
O Dr. Borzino listou os motivos mais frequentes para a diminuição da libido:
1. Fatores psicológicos e emocionais: Condições como depressão, ansiedade e estresse elevam os níveis de cortisol, hormônio que pode inibir o apetite sexual.
2. Problemas no relacionamento: Conflitos, falta de comunicação e mágoas não resolvidas criam barreiras emocionais que afetam a intimidade.
3. Rotina e monotonia: A falta de novidade e a previsibilidade na vida sexual reduzem a excitação e o interesse.
4. Influências socioculturais: Tabus e normas repressoras, especialmente em relação à sexualidade feminina, podem suprimir o desejo.
5. Questões fisiológicas: Alterações hormonais, medicamentos e doenças crônicas também impactam a libido.
### Quando o desejo diminui apenas por um parceiro
O especialista explica que é comum perder o interesse sexual por alguém específico, mesmo mantendo a libido geral. Isso pode ocorrer devido a:
– Falta de admiração ou evolução no relacionamento.
– Ressentimentos acumulados não resolvidos.
– Ausência de surpresas e novidades na relação.
### Quando procurar ajuda?
O Dr. Borzino recomenda buscar um profissional especializado em sexologia quando:
– A falta de desejo persiste por um longo período.
– Causa sofrimento ou afeta o relacionamento.
– Há suspeita de causas médicas ou psicológicas.
O médico alerta sobre os riscos de tratamentos não qualificados: “Muitos pacientes caem em armadilhas de clínicas que oferecem soluções milagrosas, como medicamentos paliativos ou procedimentos enganosos. A sexualidade precisa ser tratada com seriedade e conhecimento especializado”.
Para ele, a falta de comunicação entre parceiros e o tabu em torno do sexo são os maiores obstáculos. “Homens e mulheres muitas vezes não se entendem, e informações superficiais pioram a situação. É essencial buscar orientação de um profissional capacitado”, finaliza.
Se você enfrenta desafios na vida sexual, não hesite em procurar ajuda. A saúde íntima é parte fundamental do bem-estar geral.