Projeto de lei propõe selos visíveis para alimentos sem glúten e lactose
Medida visa facilitar a vida de milhões de brasileiros com intolerâncias alimentares
O:
Um projeto de lei apresentado pelo deputado federal Beto Richa (PSDB-PR) pode transformar a rotina de milhões de brasileiros que lidam com restrições alimentares. A proposta obriga que alimentos industrializados isentos de glúten ou lactose exibam selos padronizados na parte frontal das embalagens, com as expressões “Gluten-Free” e “Lactose-Free”, acompanhadas de símbolos gráficos para fácil identificação.
Atualmente, a legislação já exige que essas informações constem nos rótulos, mas muitas vezes elas aparecem em letras pequenas ou em locais pouco visíveis. “Isso dificulta a vida de quem tem doença celíaca ou intolerâncias, especialmente pessoas com limitações visuais”, explica Richa. A mudança promete dar mais autonomia e segurança na hora das compras.
Dados destacam a importância da medida
No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas sofrem de doença celíaca (intolerância ao glúten), segundo a Federação Nacional de Associações de Celíacos. Já a intolerância à lactose atinge ou pode vir a afetar 51% da população, de acordo com um estudo do laboratório Genera. Para esses grupos, consumir alimentos com essas substâncias pode causar desde desconfortos digestivos até complicações graves.
Como funcionará a nova regra?
– Selos só poderão ser usados em produtos totalmente isentos de glúten ou lactose.
– Alimentos com traços dessas substâncias não terão direito aos selos, evitando confusão.
– A padronização visual busca ser intuitiva, ajudando até quem tem dificuldade de leitura.
Próximos passos
O projeto ainda precisa ser votado na Câmara e no Senado antes de virar lei. Se aprovado, os fabricantes terão um prazo para se adaptar. Enquanto isso, especialistas recomendam que consumidores com restrições continuem lendo atentamente os ingredientes nas embalagens.
Essa iniciativa reforça uma tendência global de transparência alimentar e inclusão, garantindo que escolhas saudáveis sejam cada vez mais acessíveis.