Formol em alisamentos: entenda os riscos à saúde e seus direitos como consumidora
Alerta da Anvisa destaca perigos do formol em alisamentos e orienta sobre proteção legal para quem sofre danos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta importante sobre o uso do formol em alisamentos capilares, substância proibida no Brasil devido aos graves riscos à saúde. O formol, também conhecido como formaldeído, é altamente tóxico e pode causar intoxicações agudas e crônicas, especialmente quando aquecido durante procedimentos com pranchas, liberando vapores nocivos para clientes e profissionais.
De acordo com a médica Caroline Daitx, especialista em medicina legal e perícia médica, o formol não é autorizado pela Anvisa como alisante capilar e seu uso configura infração sanitária. Ela explica que a exposição a vapores do formol pode provocar irritação nas vias respiratórias, ardência nos olhos, nariz e garganta, tosse persistente, dificuldade para respirar, além de reações dermatológicas como vermelhidão, coceira e dermatite de contato. Sintomas neurológicos também são comuns, incluindo cefaleia, tontura, alterações cognitivas e, em exposições prolongadas, danos ao sistema nervoso e sensibilização imunológica, que podem levar a reações alérgicas severas.
Além disso, o formaldeído é classificado pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) como substância cancerígena para humanos, principalmente associada a neoplasias nas vias aéreas superiores. A médica alerta que sintomas como lacrimejamento intenso, sensação de sufocamento, náuseas e irritação no couro cabeludo não devem ser ignorados, pois indicam intoxicação ambiental, especialmente em ambientes fechados e mal ventilados.
Apesar da proibição, o formol ainda é encontrado em produtos clandestinos ou sob nomes alternativos, como metilenoglicol ou “escova de carbocisteína”. Nenhum produto com concentração acima de 0,2% de formol é autorizado pela Anvisa, e mesmo essa pequena quantidade é permitida apenas como conservante, não para alisamento.
No âmbito jurídico, a advogada Renata Abalém, especialista em Direito do Consumidor, destaca que os consumidores têm direito à proteção contra riscos à saúde e segurança, além de acesso à informação clara sobre os produtos utilizados. Caso haja lesão, é possível buscar reparação integral por danos materiais e morais, independentemente do consentimento dado para o uso do produto. “A responsabilidade do fornecedor é objetiva e não se afasta em razão do suposto consentimento, se o produto causar dano e não cumprir os padrões de segurança fixados pela autoridade sanitária”, reforça.
Além das consequências civis, o uso de substância proibida pode configurar crime contra a saúde pública, com pena de reclusão, e responsabilização por lesão corporal, caso haja dano físico.
Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa, trazendo informações essenciais para quem busca segurança e conhecimento sobre os procedimentos estéticos capilares. Fique atenta e exija sempre produtos regulamentados para cuidar da sua beleza com saúde e proteção.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA