Festa da Boa Morte: Turismo Cultural e Ancestral na Bahia Atrai Milhares

Celebração afro-brasileira em Cachoeira une fé, resistência e história, movimentando o Recôncavo Baiano

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A Bahia, conhecida por suas praias e pelo Carnaval, também se destaca pelo turismo cultural, impulsionado por eventos como a Festa da Boa Morte. Realizada anualmente em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, a celebração atrai cerca de 60 mil visitantes entre 13 e 17 de agosto, transformando a cidade de 29 mil habitantes em um polo de experiências históricas e religiosas.

### Uma Celebração Única
Patrimônio Imaterial da Bahia, a festa homenageia Nossa Senhora da Boa Morte, misturando elementos do catolicismo e do candomblé. Organizada pela Irmandade da Boa Morte — grupo formado por mulheres negras idosas, muitas descendentes de escravizados —, a festa simboliza resistência e ancestralidade. No século XIX, a irmandade era uma rede de apoio que garantia alforrias e proteção espiritual.

### Programação e Significado
Durante os cinco dias de evento, Cachoeira vive uma atmosfera intensa:
Procissões com trajes tradicionais.
Rituais de candomblé e shows de samba-de-roda.
Conversas sobre vida e morte, tema central da celebração, que reflete o desejo de uma “boa morte” após uma vida de lutas.

Empresas como a NomadRoots oferecem roteiros exclusivos, incluindo visitas a terreiros de candomblé e ao Rio Paraguassu, além de debates com especialistas em finitude e cultura afro-brasileira.

### Impacto no Turismo
Segundo o Ministério do Turismo, a Bahia recebeu 6,5 milhões de turistas na última temporada, gerando R$ 10 bilhões em receita. A Festa da Boa Morte consolida-se como um destino alternativo, atraindo viajantes em busca de autenticidade e conexão com a história negra do Brasil.

Para quem deseja viver essa experiência, a dica é planejar a viagem com antecedência e aproveitar para explorar a riqueza cultural do Recôncavo Baiano. Mais informações podem ser encontradas no site da [NomadRoots](www.nomadroots.com.br/festa-da-boa-morte).

*Uma celebração que vai além da fé: é um tributo à resistência e à cultura afro-brasileira.*

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