Arteterapia: Como a Arte Ajuda na Cura e Tratamento do Câncer
Pacientes encontram na arte uma forma de expressar emoções e fortalecer a saúde mental durante a jornada oncológica
O:
A arteterapia tem se mostrado uma poderosa aliada no tratamento de pacientes com câncer, oferecendo alívio emocional e ajudando a ressignificar a experiência da doença. Por meio de técnicas como pintura, desenho, bordado e colagem, pacientes encontram uma voz para expressar sentimentos muitas vezes difíceis de colocar em palavras.
Histórias de Transformação
Síntia Cristina Cunha, diagnosticada com câncer de mama durante a pandemia, viu sua ansiedade se agravar após o diagnóstico. Foi apenas na décima sessão de quimioterapia, ao experimentar a aquarela e o desenho, que ela conseguiu processar suas emoções. “A arte me permitiu elaborar minha situação de uma forma que a terapia convencional não alcançava”, relata. Seus trabalhos, como *”A Queda das Danadas”*, refletem a reelaboração do corpo e da identidade após a doença.
Já Cynthia Almeida, dentista e paciente oncológica, encontrou no bordado uma forma de ressignificar sua jornada. Enquanto se recuperava da cirurgia, ela criou um quadro inspirado no poema *”Pegadas na Areia”*, simbolizando sua fé e esperança. “O bordado me fez sentir ativa e viva novamente”, compartilha.
A Ciência por Trás da Arteterapia
Segundo o oncologista Leonardo Silva, do Grupo SOnHe, a arteterapia não é apenas uma atividade recreativa, mas uma ferramenta terapêutica validada por estudos. “Ela permite que o paciente expresse simbolicamente suas angústias, reduzindo o estresse e fortalecendo a autoestima”, explica.
A prática tem raízes no trabalho do britânico Adrian Hill, que na década de 1940 já defendia a arte como “inimiga das doenças”. Hoje, organizações como a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) recomendam a arteterapia como parte do cuidado integrativo, especialmente para câncer de mama.
Benefícios Comprovados
Pesquisas mostram que a arteterapia ajuda pacientes a:
– Redirecionar o foco para aspectos positivos da vida;
– Reforçar a autovalorização e identidade pessoal;
– Manter conexões sociais além do rótulo da doença;
– Expressar emoções de forma simbólica e terapêutica.
Iniciativas como o programa suíço de visitas a museus prescritas por médicos reforçam o potencial da arte na saúde. “Quando cuidamos do ser humano de forma integral, a arte se torna presença, companhia e cura”, conclui Dr. Silva.
Para pacientes como Síntia e Cynthia, a arte não foi apenas um escape, mas um caminho de reconstrução. Seus trabalhos são testemunhos de que, mesmo na queda, é possível encontrar novas formas de voar.
*Para saber mais sobre o Grupo SOnHe e seu atendimento humanizado, acesse [www.sonhe.med.br](http://www.sonhe.med.br).*