Mandimicina: o antifúngico-promessa que pode frear os superfungos

1. O que é a mandimicina?

Em 19 de março, pesquisadores divulgaram na Nature a descoberta da mandimicina, um polieno macrolídeo capaz de matar fungos multirresistentes ao atacar fosfolipídios da membrana, um alvo ainda inexplorado pelos medicamentos atuais. Em testes com camundongos, o composto superou a potente (e tóxica) anfotericina B na eliminação de Candida auris e outros patógenos difíceis. NaturePhlatames

“Novo antifúngico quebra o molde”, resumiu o artigo News & Views da Nature. Nature


2. Por que isso importa?

Situação comum Desafio hoje Como a mandimicina pode ajudar
Candidíase vaginal de repetição Resistência crescente a fluconazol Alvo inédito reduz chance de falha terapêutica.
Micose de unha (onicomicose) Tratamentos longos (6–12 meses) e recaídas Potência maior pode encurtar duração e melhorar adesão.
Infecções hospitalares (C. auris, Aspergillus) Taxa de mortalidade > 30 % em UTIs Menor toxicidade renal permite uso em pacientes críticos.

3. Como ela funciona?

  1. Procura fosfolipídios — em vez de “sugar” o ergosterol (como faz a anfotericina B), a mandimicina se liga ao fosfatidilinositol da membrana fúngica.

  2. Desestabiliza a célula — cria uma “esponja” que captura lipídios vitais; a barreira se rompe e o fungo morre.

  3. Protege os rins — por ignorar o colesterol humano, mostrou baixa nefrotoxicidade em estudos pré-clínicos. Phlatames


4. Quando pode chegar à farmácia?

  • Fase atual: prova de conceito em animais.

  • Próximos passos (12–18 meses): otimização de fórmula, testes toxicológicos amplos e pedido de ensaios clínicos fase 1.

  • Estimativa otimista: entre 5 e 7 anos para aprovação, se não houver contratempos.

⚖️ Curiosidade: Menos de 5 % dos candidatos antifúngicos atingem o mercado — mas, segundo especialistas, o mecanismo singular da mandimicina aumenta as chances de sucesso.


5. O que você pode fazer já

Dica Afina – Previna infecções fúngicas enquanto as novidades não chegam:

  1. Unhas ventiladas: prefira sapatos mais largos e meias de algodão; seque bem entre os dedos.

  2. Roupas íntimas de algodão: tecidos sintéticos retêm umidade, ambiente perfeito para fungos.

  3. Troque peças de treino logo após a academia.

  4. Alimentação balanceada: excesso de açúcar favorece desequilíbrio da flora vaginal.

  5. Consulte o(a) gineco ou dermato ao primeiro sinal de infecção — tratar cedo evita resistência.


6. Voz da ciência

“A mandimicina nos dá um novo manual de instruções para derrotar fungos que já driblaram quase todas as nossas armas.”
Dr. Arun Maji, comentarista da Nature Nature


Chamada Afina Menina

Você já sofreu com micose ou candidíase que custou a desaparecer? Compartilhe suas estratégias de prevenção e tratamento nos comentários — sua experiência pode ajudar outras leitoras enquanto aguardamos essa nova arma chegar ao consultório.

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