Doação de óvulos cresce e já responde por 12% dos nascimentos por FIV no Brasil

Avanços tecnológicos e epigenética ampliam possibilidades e segurança para mulheres que recorrem à ovorecepção

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A doação de óvulos tem ganhado destaque no Brasil e já representa mais de 12% dos bebês nascidos por fertilização in vitro (FIV), segundo dados da assessoria de imprensa. Entre 2019 e 2023, cerca de 18.500 pessoas doaram óvulos no país, resultando em mais de 5.000 crianças nascidas a partir desse gesto, o que corresponde a 12,5% dos nascimentos por FIV no período.

O procedimento, permitido no Brasil de forma anônima ou voluntária conforme as regras do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Anvisa, depende do altruísmo das doadoras, já que não há remuneração prevista em lei. Isso torna o processo desafiador para clínicas e pacientes, mas também reforça o caráter solidário da ovorecepção.

Casos como o de João Vitor Santos*, homem trans que doou óvulos para a mãe adotiva de 49 anos, ilustram a diversidade e a profundidade dos vínculos familiares criados por meio da doação. “Foi minha forma de retribuir o amor que sempre recebi. Em nenhum momento minha identidade de gênero foi um conflito. Pelo contrário, me senti mais conectado com minha história e com ela”, compartilha.

A tecnologia tem sido uma grande aliada nesse cenário. Ferramentas como o Fenomatch, que utiliza inteligência artificial para cruzar informações biométricas e encontrar doadoras com maior similaridade facial às receptoras, oferecem mais segurança e conforto emocional. “É como um algoritmo que analisa milhares de pontos do rosto da paciente a partir de uma simples foto, e encontra a doadora mais parecida. Isso traz mais segurança e conforto emocional”, explica a médica Ana Paula Aquino.

Além disso, sistemas como a MAIA, IA exclusiva para laboratórios de embriologia, avaliam e classificam embriões com base em critérios morfológicos e padrões de desenvolvimento, otimizando as chances de sucesso dos tratamentos e reduzindo o tempo até a gravidez.

Outro avanço importante é a compreensão da epigenética, ciência que estuda como fatores ambientais, emocionais e comportamentais influenciam a expressão dos genes do embrião. “Mesmo que o bebê carregue o material genético da doadora, o corpo da mulher que gesta interfere no desenvolvimento fetal. Alimentação, emoções, rotina, tudo isso deixa marcas. É como se o útero também contasse sua própria história genética”, destaca a especialista.

A doação de óvulos, portanto, é um ato de generosidade e confiança, que une ciência e afeto para criar novas possibilidades de maternidade, especialmente em um contexto de famílias plurais e maternidade tardia.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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