Evolução das Principais Causas de Morte no Brasil: Doenças Emergentes e em Declínio
Análise das doenças que mais causaram óbitos nos últimos anos, destacando aumentos preocupantes e reduções significativas
Nos últimos anos, o Brasil tem observado mudanças significativas no perfil de mortalidade, refletindo a transição epidemiológica em curso. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como as cardiovasculares e o câncer, continuam sendo as principais causas de óbito, enquanto algumas doenças infecciosas têm apresentado variações notáveis em suas taxas de mortalidade.
Principais causas de morte:
- Doenças cardiovasculares: Historicamente, as doenças do aparelho circulatório, incluindo infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), lideram as causas de morte no Brasil. Em 2022, aproximadamente 400 mil óbitos foram atribuídos a essas enfermidades.
Neoplasias (câncer): O câncer permanece como uma das principais causas de mortalidade, com destaque para os cânceres de traqueia, brônquios e pulmões, frequentemente associados ao tabagismo.
Doenças respiratórias crônicas: Condições como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) também contribuem significativamente para os óbitos no país.
Doenças com aumento preocupante:
- Diabetes mellitus: As taxas de mortalidade por diabetes têm mostrado crescimento, possivelmente relacionado ao aumento da obesidade e do sedentarismo na população brasileira.
Doenças infecciosas emergentes: Em 2024, o Brasil enfrentou um surto significativo de dengue, com mais de 6 milhões de casos e cerca de 5 mil mortes registradas no primeiro semestre, evidenciando a necessidade de intensificar medidas de controle e prevenção.
Doenças com redução nas taxas de mortalidade: - Doenças cardiovasculares: Apesar de ainda serem a principal causa de morte, houve uma tendência de redução nas taxas de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, refletindo melhorias nos indicadores socioeconômicos e avanços no tratamento e prevenção.
Doenças infecciosas tradicionais: Houve uma redução significativa na mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, como tuberculose e hanseníase, devido a políticas públicas eficazes e melhorias nas condições de vida.
Considerações finais:
O panorama da mortalidade no Brasil reflete tanto os avanços na área da saúde quanto os desafios emergentes. A redução nas taxas de mortalidade por algumas doenças indica sucesso nas políticas de saúde pública, enquanto o aumento em outras áreas destaca a necessidade de atenção contínua e adaptativa às mudanças no perfil epidemiológico da população.