Pólipos nasais: causas, sintomas e tratamentos
A Dra. Nathália Tenório, otorrinolaringologista do HAS Clínica, explica tudo sobre esse distúrbio
O pólipo é definido como qualquer tecido anormal que aconteça no tecido mucoso, quando ocorre no nariz chamamos de pólipo nasal. Dessa forma, o pólipo nasal é uma estrutura de consistência gelatinosa e pode crescer na parede de revestimento nasal e/ou nos seios paranasais.
Podem variar em tamanho, formato e localização e surgir em uma ou em ambas as cavidades nasais, bem como em diferentes locais dentro do nariz e seios paranasais. Podem ser únicos (como o pólipo antrocoanal) ou múltiplas e/ou confluentes, como na polipose nasal (polipose nasossinusal).
“O pólipo nasal é considerado um tumor benigno, mas por ser diagnóstico diferencial de algumas lesões que podem ter aparência polipóide, deve ser investigado de maneira adequada para descartar a possibilidade de um tumor nasal de outra natureza (quando aparecem somente de um lado, com crescimento rápido), como por exemplo, papiloma invertido, carcinoma ou estesioneuroblastoma”, explica a Dra. Nathália Tenório, otorrinolaringologista do HAS Clínica.
Os sintomas predominantes são obstrução nasal (sensação de nariz entupido) e redução do olfato. Também podem variar na sua intensidade, dependendo do tamanho e das cavidades acometidas. Alguns outros possíveis sintomas são:
- Gotejamento pós-nasal;
- Dores de cabeça e na face;
- Respiração pela boca;
- Secreção nasal excessiva;
- Coriza;
- Ronco durante o sono.
CAUSAS:
Os pólipos nasais podem se desenvolver com mais frequência em pessoas portadoras de alguma doença respiratória, como asma, sinusite e rinite alérgica. Pode-se dizer que a principal causa é o ambiente nasal com inflamação crônica, mas também pode ser motivado por fatores genéticos e hereditários do paciente.
O diagnóstico da polipose nasal pode ser realizado durante o exame físico, por meio de exames complementares como a nasofibrolaringoscopia e a tomografia computadorizada de seios paranasais, que tem o objetivo de avaliar a extensão da polipose e o comprometimento dos seios paranasais (seios da face). “É um exame diagnóstico indispensável para um paciente candidato a uma cirurgia de polipose nasal/sinusectomia”, diz a Dra. Natália.
O tratamento varia de acordo com o tamanho e extensão do pólipo nasal, quando o paciente apresenta poucos sintomas associados pode ser prescrito um corticóide tópico, por meio de spray nasal e realizado acompanhamento do quadro. Controle da asma, naqueles que tiverem. “Quando o paciente não apresentar melhora com o tratamento clínico ou nos casos em que os pólipos nasais são extensos é indicado procedimento cirúrgico para ressecção e “limpeza”, que consiste na cirurgia nasal endoscópica (por vídeo) e com incisões apenas por dentro do nariz do paciente”, esclarece a médica do HAS Clínica.
Na maioria dos casos, o paciente operado tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte do procedimento cirúrgico. A queixa de dor é incomum, pois o desconforto pós-operatório é pequeno. Mas é necessário alguns dias para o repouso.
“É importante ressaltar que mesmo com o tratamento cirúrgico, há a possibilidade de os pólipos nasais voltarem a crescer. Por isso, é importante que o paciente mantenha o acompanhamento com um otorrinolaringologista”, finaliza a médica.