Além do amor: Ciência por trás do papel materno

Biólogas listam como o vínculo entre mãe e filho garante o desenvolvimento

O mês de maio é um período de celebração e reverência às mães, e não sem motivo. Mas além do amor e do carinho envolvidos nas relações maternais, há também uma complexa interação biológica que transcende culturas e fronteiras.

As mães das mais diferentes espécies têm um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento de seus filhotes, uma ligação que começa já nos primeiros dias de gestação e se fortalece após o nascimento. De acordo com a bióloga e professora de Ciências da Natureza do Colégio Marista Paranaense, Camille Vieira Ulyssea, na natureza, a maternidade é uma força primordial que sustenta a vida e molda o futuro das espécies. “Para os filhotes, a mãe é o porto seguro, o guia e a fonte de amor incondicional. No reino animal, vemos como as mães sacrificam sua própria segurança e conforto para proteger e nutrir seus filhotes, ensinando-lhes habilidades essenciais para sobreviver no mundo”, explica.

Vale pontuar também que a maternidade vai além da genética e da parentalidade, estendendo-se ao vínculo emocional e ao papel de orientação e apoio que uma figura materna desempenha na vida de uma criança, lembra a bióloga. Mesmo além dos laços de sangue, uma mãe pode ser aquela que oferece amor incondicional, cuidado e suporte emocional a uma criança, independentemente das circunstâncias.

No Dia das Mães, celebramos a dedicação, o cuidado e o amor incansável que as mães oferecem. Elas não apenas nos dão vida, mas também orientam, inspiram e nos dão forças para enfrentar os desafios da vida.

Confira 7 aspectos que destacam a importância biológica da mãe para o crescimento e desenvolvimento da criança:

  • Nutrição materna: desde os estágios iniciais da gravidez até o período de amamentação, a mãe fornece os nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável do bebê. O leite materno, por exemplo, contém uma variedade de substâncias nutritivas e anticorpos que fortalecem o sistema imunológico da criança, conferindo-lhe proteção contra doenças.

 

  • Vínculo afetivo: a interação física e emocional entre mãe e filho durante os primeiros anos de vida é crucial para o desenvolvimento emocional da criança. Essa ligação estabelece uma base segura para a exploração do mundo e influencia profundamente a saúde mental e o bem-estar emocional ao longo da vida.

 

  • Desenvolvimento cognitivo: estudos mostram que a presença e o envolvimento da mãe durante os estágios iniciais de desenvolvimento têm um impacto significativo no desenvolvimento cognitivo da criança. A estimulação precoce, por meio de interações verbais e brincadeiras, promove o desenvolvimento da linguagem, habilidades sociais e cognitivas.

 

  • Aprendizagem para a vida: aprender a andar, a falar, a caçar o alimento certo e como se proteger são habilidades passadas já nos primeiros momentos de vida por mães felinas, caninas e de outras espécies.

 

  • Regulação do estresse: a presença materna desempenha um papel crucial na regulação do estresse e na resposta ao medo em crianças. O contato físico e o apoio emocional fornecidos pela mãe ajudam a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, promovendo assim um desenvolvimento emocional saudável.

 

  • Transmissão de traços genéticos e imunológicos: além das influências ambientais, a mãe também desempenha um papel na transmissão de traços genéticos e imunológicos para o filho. Essa herança genética e imunológica tem um impacto significativo na saúde e na resiliência da criança ao longo da vida.

 

  • Instinto materno em diferentes espécies: o instinto materno é observado em uma variedade de espécies animais, com diferentes estratégias de cuidado parental. Desde mamíferos até aves e insetos, o comportamento materno desempenha um papel vital na sobrevivência e no desenvolvimento das crias.

Foto:

Katie Hollamby/Pexels

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