Diagnóstico precoce de Parkinson pode retardar a evolução dos sintomas da doença
A terapia ocupacional em pacientes acometidos por Parkinson ajuda a manter a autonomia e independência nas atividades do dia a dia
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo com a Doença de Parkinson. No Brasil, estima-se que 200 mil sofram com o problema. Em 2021, abril foi escolhido como Mês da Conscientização da Doença de Parkinson e será representado com uma campanha simbolizada pela tulipa vermelha.
O Mês da Conscientização da Doença de Parkinson terá entre seus objetivos, conforme nova lei: proporcionar maior divulgação dos sintomas da doença, com o intuito de melhorar o diagnóstico precoce; estimular profissionais com diferentes conhecimentos a contribuir com o aumento da qualidade de vida das pessoas que têm a doença, bem como com o retardamento dos sintomas da doença; e ratificar o direito ao medicamento e às formas de tratamento disponíveis, que visem minimizar os efeitos da doença.
Parkinson é uma enfermidade crônica, progressiva e degenerativa, que compromete o sistema nervoso central, afetando a capacidade do cérebro de controlar os movimentos e o equilíbrio. Resultando em lentidão na mobilidade, tremores, diminuição dos reflexos, alterações do sono, entre outros sintomas. A terapeuta ocupacional Syomara Cristina afirma que diagnosticar o mal de Parkinson de maneira precoce é essencial para tratá-lo de maneira eficaz.
“Apesar de não haver cura para a doença, as chances de retardar a evolução dos sintomas são maiores se o Parkinson for identificado no início. A terapia ocupacional auxilia nesse momento, ajudando o paciente a manter as atividades do dia a dia”, diz a T.O.
A terapia ocupacional contribui para o desenvolvimento da autonomia e independência dos pacientes. A prática auxilia na realização de atividades básicas do dia a dia, como vestir-se, alimentar-se e escovar os dentes, entre tantas outras.
“As atividades realizadas durante a terapia ocupacional trabalham para aumentar a independência e autonomia do paciente acometido pela doença. Por conta disso, o tratamento aumenta o bem-estar e o bom humor, e retarda a necessidade de assistência de outras pessoas para atividades simples do dia a dia e de higiene pessoal”, explica Syomara.
A evolução da doença é diferente em cada paciente. Então, para garantir a segurança de pacientes com Parkinson, além da terapia ocupacional, é preciso utilizar estratégias que evitem quedas, lesões e ferimentos.
* Syomara Cristina Szmidziuk – atua há 34 anos como terapeuta ocupacional e tem experiência no tratamento em reabilitação dos membros superiores em pacientes com lesões neuromotoras. Faz atendimentos com terapia infantil e juvenil, adultos e terceira idade. Desenvolve trabalhos com os métodos Bobath, Baby Course Reabilitação Neurocognitiva Perfetti, Reabilitação de Membro Superior-Terapia da Mão, Terapia Contenção Induzida (TCI) e Imagética Motora entre outros.