Colégio de São Paulo promove, no mês da literatura de cordel, exposição para incentivar o interesse por esse gênero literário
Biblioteca do Colégio Marista Glória, que fica no Cambuci, montou uma instalação para promover os cordéis entre os estudantes
A literatura de cordel foi popularizada no Brasil por volta do século 18, sendo chamada de “poesia popular”, pois contava histórias sobre os folclores regionais, principalmente do Nordeste brasileiro – de maneira simples -, possibilitando que qualquer pessoa, independente do nível de escolaridade, pudesse compreender.
Os poemas rimados que eram apresentados pendurados em cordas (ou cordéis, como chamado em Portugal) chegaram ao Brasil junto com os colonizadores portugueses, dando origem à literatura de cordel, que ganhou fama em estados como Pernambuco, Ceará, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte, inclusive devido a atuação dos chamados “repentistas”.
No mês de agosto é comemorado o Dia Nacional da Literatura de Cordel e o Dia do Nordestino. Para apresentar e incentivar o consumo desse gênero literário, a biblioteca do Colégio Marista Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP), montou uma instalação e um espaço para que os alunos possam visualizar os cordéis, além de ter à disposição livros que contam a história da literatura de cordel.
A exposição acontece até o final do mês de setembro. Os alunos do período Integral também estão fazendo um estudo sobre as xilogravuras,uma técnica que se baseia no corte de uma figura em superfície de madeira que, em seguida, é coberta de tinta e impressa em outro local, como um tecido ou papel. Esse método de impressão é utilizado na produção dos cordéis.
“O cordel é uma literatura local, cuja existência fortalece o folclore e o imaginário regional, além de incentivar a leitura desde a infância, sendo, inclusive, reconhecida como patrimônio cultural imaterial no Brasil”, explica a bibliotecária do Colégio Marista Glória e curadora da exposição, Valeria Aparecida Cordero dos Santos.