Mais da metade dos jovens brasileiros, entre 16 e 25 anos, tem HPV
Vírus é responsável por 5% de todos os cânceres no mundo, entre elas o câncer de colo uterino. A principal forma de prevenção é a vacinação, inclusive na fase adulta
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais da metade dos jovens brasileiros, entre 16 e 25 anos, tem papilomavírus humano, mais conhecido como HPV. A pesquisa revelou que 54,6% dos indivíduos na faixa etária analisada estão infectados pelo vírus, e 38,4% desse número apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer. Além de estar relacionado a quase 100% dos casos de câncer do colo de útero, o vírus ainda pode ser responsável por outros tipos de câncer, como o de ânus, orofaringe, boca e garganta.
O câncer de colo uterino é o terceiro mais maligno na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).
Existem mais de 100 tipos de HPV (papilomavírus humano) que são causa freqüente de infecção entre homens e mulheres. Estima-se que cerca de 80% das pessoas sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento da vida. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 630 milhões de pessoas em todo o mundo já foram diagnosticadas com a doença.
O HPV geralmente não apresenta sintomas, mas é altamente contagioso. Como não tem cura, a principal forma de prevenção contra o vírus é a vacinação. A vacina, disponível na Megaunidade da Unimed Laboratório, é mundialmente indicada para mulheres de 9 a 45 anos e para homens de 9 a 26 anos, que também são alvo do vírus. De 9 a 13 anos devem ser aplicadas duas doses, com intervalos de 6 meses entre elas.
O ideal é que a vacinação aconteça o mais cedo possível, a partir dos 9 anos, para garantir a proteção antes da primeira relação sexual. Mas é importante também que adultos, que não foram imunizados durante a infância ou a adolescência, tomem a vacina. Para homens e mulheres acima dos 14 anos, são aplicadas três doses, com 60 e 180 dias de intervalo após a primeira dose.