Com Pierre Niney, suspense ‘Caixa Preta’ segue nos cinemas de Aracaju, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Salvador e São Paulo
EXIBIDO NO FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS, LONGA MOSTRA INVESTIGAÇÃO SOBRE ACIDENTE COM AERONAVE QUE CAIU NOS ALPES SUIÇOS MATANDO 300 PESSOAS
Um avião cai nos Alpes suíços provocando a morte de 300 passageiros. Resgatadas as caixas-pretas, tem início uma minuciosa investigação em busca das causas do acidente. No centro da ação está o investigador em segurança de avião Mathieu Vasseur, interpretado pelo ator Pierre Niney, protagonista do suspense Caixa Preta. Quarto filme do diretor Yann Gozlan, o longa-metragem segue nos cinemas de Aracaju, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Salvador e São Paulo após conquistar o prêmio do público no 38ª Festival Reims Polar, na França, e integrar o Festival Varilux de Cinema Francês em 2021. O longa foi indicado ao César 2022 em cinco categorias: melhor ator, roteiro original, trilha sonora, melhor som e melhor edição.
Responsável pela investigação, Mathieu Vasseur trabalha no BEA, o Escritório francês de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil. Ele é responsável por ouvir os muitos sons extraídos das caixas pretas para descobrir o motivo do acidente. Durante o processo, muitas vezes os ruídos o levam a caminhos opostos. E, como no passado cometeu um erro que colocou sua competência em dúvida, precisa recuperar a confiança de seus superiores e em si mesmo para conseguir revelar a verdade sobre o voo Dubai-Paris.
A tarefa se torna uma obsessão que vai transformar sua vida e suas relações, tanto as profissionais, como com seu chefe Philippe Rénier (André Dussolier), quanto as pessoais, com seus amigos e sua mulher Noemie (Lou de Lâage), que também atua na área da aviação e de quem ele chega a suspeitar. Para o diretor Yann Gozlan, a obsessão com a verdade é tema central do seu filme. “Através do personagem de Mathieu, quis mostrar até que ponto o caminho para a verdade pode ser complexo, obsessivo e sobretudo destrutivo”, ressalta.
Yann conta que seu quarto longa surgiu de sua fascinação pela aviação civil e caixas pretas das aeronaves. Ele acreditava que o tema poderia dar uma boa história e buscando veracidade procurou cercar-se de especialista de várias áreas. “Eu tive o desejo de escrever uma história que relatasse uma investigação complexa em um acidente (…) Minha ambição era discutir as novas questões que estão prestes a irromper a aviação civil: nomeadamente a assistência generalizada à pilotagem e a automação progressiva de cockpits graças a inteligência artificial (…) Esta questão dos perigos da extrema sofisticação das aeronaves me fascina porque em minha opinião, ultrapassa o escopo stricto sensu aeronáutico e refere-se a um problema universal e mais atual do que nunca: o conflito entre homem e máquina, bem como a influência da tecnologia em nossas vidas”, comenta.
Indicado ao Cesar por Caixa Preta, este é o segundo filme de Pierre Niney com o diretor Yann Gozlan. Ele já havia atuado em O homem ideal, de 2015, interpretando um escritor chamado Mathieu Vasseur, mesmo nome de seu atual personagem. O ator conta porque o tema do filme chamou sua atenção: “Os acidentes de avião, o mistério das famosas caixas pretas, encontradas ou não, sempre me fascinaram – todos tendemos a desenvolver um voyeurismo um tanto mórbido diante desse tipo de evento. Mas eu desconhecia todos os jogos de poder, manipulação e dinheiro que agitam esse ambiente”. E comenta: “Gostei da precisão que leva Mathieu a encontrar a verdade; o lado paranoico e nervoso do assunto, as surpresas do cenário que nos mantêm constantemente em suspense; e também gostei muito da história desse casal que vai implodir por causa dessa investigação”
Conhecido do público brasileiro, principalmente pelos filmes integrantes do Festival Varilux, Pierre Niney já ganhou o César de Melhor Ator por Yves Saint Laurent. Já esteve no Varilux também com Frantz, Promessa ao Amanhecer e Através do Fogo.
“Esse thriller psicológico traz uma mise en scène clássica e eficaz, brinca com o som na mesma linha de “Alerta Lobo”, de Anthony Baudry, e mergulha seus espectadores em uma corrida contra o relógio, na qual cada cena se faz cada vez mais opressora, até entregar um resultado inesperado.”
CNews
“A busca obsessiva do herói estende-se em uma sofisticada encenação que faz de Caixa Preta um enredo paranóico e extremamente eficaz.”
Ouest France