Que pele você quer em 2022?
A dermatologista Luciana Garbelini destaca alguns pontos a serem priorizados se a meta for dar mais atenção para a pele nesse novo ano
Com o começo do ano, resoluções para esse início de fase sempre surgem. Seja com objetivo de buscar mudanças ou melhorar algo, e até como uma forma de guia para o próximo período, as clássicas metas de ano novo pairam os primeiros meses de todo começo de ciclo. Assim, se entre as resoluções de ano novo está cuidar mais da pele, algumas dicas de quem entende bem do assunto podem ajudar. “Se a meta do paciente é cuidar mais da pele em 2022, o primeiro passo é tentar entender mais sobre as características de sua pele. Todas as dermes apresentam aspectos positivos e outros que necessitam de certa atenção. A busca deve ser por conservar e valorizar os pontos positivos através de cuidados preventivos. Ao mesmo tempo que é possível aproveitar de diversos recursos dermatológicos para tratar outras características que podem ser melhoradas”, destaca a dermatologista Luciana Garbelini, da Clínica Luciana Garbelini de São Paulo.
Por onde começar?
A melhor indicação é buscar um dermatologista. Só um profissional qualificado vai saber fazer as indicações mais adequadas de acordo com o tipo de pele de cada paciente e as possíveis queixas relacionadas a ela. Porém, existem etapas fundamentais que podem ser implementadas até o dia da consulta. “Limpeza, hidratação e proteção solar são os passos básicos de uma rotina de skincare. Assim, qualquer pessoa pode dar início aos cuidados diários tendo essas etapas — e ordem — como base,” destaca Luciana.
A médica esclarece que ao se consultar, o dermatologista busca fazer indicações de adaptações para essa rotina prévia a partir de sugestões mais acertadas para que seja possível aproveitar ao máximo os benefícios do skincare. “Assim, o uso dos dermocosméticos mais adequados para as características da derme daquele determinado paciente será baseado na busca por indicar o produto do mercado que mais se encaixa nas suas necessidades. Ou ainda utilizar as fórmulas manipuladas para alcançar certo objetivo,” diz a dermatologista. A partir disso, explica a especialista, é possível acompanhar como a pele reage, aumentando as chances da rotina apresentar bons resultados. “Sem falar na experiência do profissional, ou seja, durante o atendimento o dermatologista ajuda o paciente a alcançar mais rápido e da forma correta os resultados que vem buscando.”
Além disso, outro ponto importante é o paciente ter o entendimento que diversos fatores influenciam na pele, e por isso a necessidade de adaptações na rotina de autocuidado durante o ano. “Um exemplo que podemos destacar é o clima. Em estações mais quentes, um hidratante em gel para uma pele oleosa vai funcionar melhor. Já no inverno essa mesma pele talvez precise de um sabonete mais delicado e um creme um pouquinho mais denso para compensar o ressecamento natural causado pela temperatura mais baixa.”
Testando novos produtos
Se a dúvida é sobre testar novos produtos, a especialista responde: “Não só pode, como deve!”. Doutora Luciana diz que o paciente em parceria com seu dermatologista ao estabelecerem uma rotina de cuidados e acompanharem as respostas da pele a ela, faz com que se torne mais fácil avaliar os produtos que funcionam para aquela derme. “Assim, criar uma rotina de cuidados além de trazer os benefícios da continuidade, também faz com que o paciente crie um senso crítico de saber o que funciona ou não na sua pele, de certa adquirindo uma liberdade para experimentar novos dermocosméticos fora dos prescritos pelo dermatologista. Porém, sabendo aqueles que sempre estarão ali para ajudar a sua pele, porque já foram testados e aprovados por ele.”
E as vantagens de testar produtos não param por aí. “Além disso, as consultas de rotina se tornam uma troca de experiências. Onde o médico faz suas indicações e o paciente consegue entender com mais propriedade os motivos do uso de certos produtos. Conseguindo, inclusive, relatar de forma mais fidedigna sua experiência.”
Tratamentos: por que não dar uma chance a eles?
Tratamentos em consultório também podem ser grandes aliados na busca por proporcionar à pele cuidados que acabam ficando limitados na rotina de ‘home care’. “O estigma sobre os tratamentos de consultório é algo que vem diminuindo com o tempo. Os pacientes começaram a olhar para essas ferramentas como uma opção que vem para acrescentar na rotina de skincare, que por mais completa que possa ser, acaba sendo restrita em alguns aspectos. Além disso, também está havendo uma maior conscientização que procedimentos não são sinônimo de mudanças radicais. Pelo contrário, muitas vezes nem promovem efeitos imediatos, mas ajudam na construção e manutenção da saúde cutânea, trazendo resultados de dentro para fora.”