Você conhece a cirurgia ortognática?
A Dra. Thailys Esteves, especialista bucomaxilofacial do HAS Clínica, fala sobre esse procedimento
A cirurgia ortognática trata das deformidades dentofaciais (DDF), que são anomalias que causam dificuldades mastigatória devido ao mal encaixe dos dentes.
“As principais indicações desse procedimento são em pacientes que apresentam queixo para frente, realizando o procedimento para “jogar” a mandíbula para trás, melhorando a harmonia facial e o encaixe dentário, e aos que apresentam o queixo para trás, causando o estreitamento da via aérea e, portanto, podendo manifestar apneia do sono e/ou ronco”, explica a Dra. Thailys Esteves, especialista bucomaxilofacial do HAS Clínica.
São vários os benefícios da cirurgia ortognática, entre eles:
- Melhora da harmonia facial;
- Beneficiamento da arcada dentária, ou seja, da mordida do paciente, fator que, inclusive, melhora a dor de cabeça (frequente em pacientes portadores dessa anomalia);
- Em alguns grupos, alivia a má respiração causada pelo problema.
A cirurgia, devido à necessidade do alinhamento dos dentes é realizada em conjunto com um ortodontista. Esse profissional também é importante no preparo ortodôntico para a posterior cirurgia. “Isso porque o paciente deverá usar aparelho ortodôntico, que tem o objetivo de alinhar os dentes corretamente em relação ao osso, para que o encaixe correto seja realizado durante a cirurgia”, diz a médica.
Outra dúvida muito comum é em relação a cicatrizes. A Dra. Thailys explica que, como a cirurgia é realizada no interior da boca, tais marcas são imperceptíveis. “Contudo, há casos em que é necessário realizar um pequeno corte de cada lado da mandíbula, nada mais do que 0,5 cm, para passar um instrumento que auxilia na fixação do osso. Porém, na maioria das vezes, essas cicatrizes desaparecem em trinta dias após o procedimento”, complementa.
“A recuperação durante o processo pós-operatório da cirurgia ortognática difere muito em cada caso, contudo, o tempo estimado para o restabelecimento é em torno de três semanas. Já o uso de medicações analgésicas, para o alívio de eventuais dores, é de cerca de somente dois dias”, conclui a Dra. Thailys.