Jointfulness: os benefícios da prática segura de Yoga
Criador do método Kaiut de Yoga, Francisco Kaiut explica como a prática pode auxiliar na saúde física e mental.
Você já ouviu falar em mindfulness? Esta é a prática da atenção plena que se popularizou nos últimos anos e tem se mostrado uma ferramenta benéfica para diversos aspectos da vida humana. Seguindo a mesma linha de raciocínio, Francisco Kaiut, idealizador do método Kaiut de yoga, cria o “Jointfulness”, uma palavra que abrange três significados: juntas ou articulações, alegria interna e plenitude.
Kaiut, apresenta o jointfulness como forma de reconectar o corpo e a mente. “No método, o estado de consciência do momento presente e a atenção plena são acessados de maneira específica com estímulos nas articulações. Trilhamos um caminho diferente que tem dado resultados impressionantes”, conta o professor.
É válido ressaltar que para gerar os estímulos positivos, o organismo deve avaliá-los como 100% seguros, ou seja, cada posição da aula deve ser feita de maneira confortável para o aluno. “A ideia é descobrir até onde seu corpo pode ir sem gerar dor ou desconforto, pois, estas trariam insegurança e sem segurança não existe estado de presença, não existe jointfulness”, explica o criador do método Kaiut.
O jointfulness se baseia na crença de que as articulações têm uma conexão imediata com o cérebro. Por isso, uma posição de yoga, quando realizada de maneira segura, estimula a articulação e resulta em uma reconexão entre a área e o cérebro. “Quando uma área do corpo sofre, seja por subutilização, utilização excessiva ou trauma, ela se torna neurologicamente apartada do corpo. Essa área passa a ser fonte de medo para o indivíduo, pois acaba se tornando porta de entrada para reviver dores. Por isso, prezamos tanto pela segurança nos estímulos”, exemplifica o professor.
Francisco Kaiut defende ainda, que para potencialização de resultados é importante considerar os sentimentos do aluno e a sua experiência em relação ao seu corpo. “Não importa o nome que a medicina deu para aquela condição, o que realmente importa é o que o aluno sente, as percepções dele e o que realmente acontece com ele diariamente”, afirma. Para o criador do método Kaiut, o jointfulness é como uma lâmpada acendendo dentro do cérebro do aluno. “Precisamos aprender como usar o corpo não apesar da dor, mas por causa dela de forma construtiva”, opina.