Laboratório brasileiro valida nova tecnologia para identificar as variantes da Covid-19 já circulantes no Brasil
O DB Diagnósticos, único laboratório exclusivamente de apoio no Brasil, é também um dos únicos laboratórios brasileiros a implementar uma tecnologia que identifica as principais variantes já conhecidas do SARS-CoV-2, incluindo a Delta.
Por meio da utilização de um painel de mutações pelo PCR em tempo real, o que tornou possível a identificação das particularidades e monitoramento de cada cepa, com o objetivo de auxiliar no controle epidemiológico da doença, realizado pela Secretaria de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde (MS), via Sistema Único de Saúde (SUS).
São quatro as variantes do vírus Sars-Cov-2 que merecem atenção redobrada: Alfa (encontrada primeiro no Reino Unido), Beta (África do Sul), Gama (Brasil) e Delta (Índia), classificadas como Variantes de Preocupação (VOCs). A nova tecnologia do DB, disponível apenas a laboratórios do SUS, mapeia as VOCs e mais sete variantes de interesse (VOI). Todas essas cepas sugiram devido às mutações genéticas do vírus ao longo do tempo.
“Nosso painel é bastante versátil pois permite a rápida a inclusão no teste uma nova variante caracterizada como VOC. Nesse sentido, com o RT-PCR positivo, podemos identificar qual variante está presente em seu material genético. Dessa forma, conseguimos identificar e quantificar as principais variantes circulante no Brasil”, explica Nelson Gaburo, PhD em biologia molecular, que desenvolveu a nova tecnologia do mapeamento genético.
De acordo Gaburo, que também é gerente-geral do laboratório DB Molecular (unidade do DB Diagnósticos que realiza o exame), o sequenciamento genômico é essencial para a identificação precoce de possíveis variantes, para a análise das diferentes particularidades do vírus e auxilia os órgãos públicos no controle da doença.
“As mutações genéticas encontradas no SARS-CoV-2 podem trazer informações importantes sobre o decorrer da pandemia, já que pode ser indicativo de maior potencial de infectividade. Temos também o compromisso de enviar amostras para armazenamento e futuros estudos ao Instituto Adolfo Lutz, um dos responsáveis por essa compilação no SUS”.
Rastreamento necessário
Apesar de o Ministério da Saúde recomendar que estados e municípios ampliem o sequenciamento de rotina, o mapeamento no Brasil ainda é muito aquém do que o necessário, segundo Gaburo.
“Infelizmente, ainda não é feito o rastreamento em massa necessário no país para que medidas sejam efetivas para conter as novas variantes da Covid-19. A pesquisa das novas cepas está a cargo dos estados e municípios, que não conseguem dar conta da alta demanda. O DB desenvolveu a nova tecnologia de identificação das novas cepas para unir forças ao SUS e assim ajudar a fazer esse controle.”
Importante: Os exames de vigilância não são métodos que podem ser utilizados para o diagnóstico confirmatório laboratorial, em casos suspeitos da infecção. Ou seja, para que o indivíduo possa saber se está ou não com Covid-19, a melhor recomendação ainda é que seja realizado o exame RT-PCR.