Mauricio Arruda dá dicas de como decorar com quadros
Uma parede bem decorada é capaz de mudar completamente um ambiente. Escolher o quadro certo pode proporcionar a renovação completa do espaço, além de preencher lacunas antes deixadas em branco. Além de escolher a posição correta, a composição ou tamanho dos quadros, é essencial pensar em qual o tipo de arte combina melhor na decoração.
Para auxiliar na escolha e reunir dicas para facilitar a vida de quem está querendo decorar a casa com quadros, a Urban Arts convidou o arquiteto criador de conteúdo, Mauricio Arruda para realizar três vídeos para o Youtube com dicas para não errar na hora de preencher uma parede vazia. Neste primeiro, o arquiteto deu dicas para escolher a arte ideal. Com 10 anos no mercado, a galeria conta com mais de 170 mil obras no acervo de mais de 6 mil artistas entre fotos, pinturas e obras de artes, que são capazes de se adequar a qualquer ambiente. “Quadros na parede mudam a decoração, criam perspectiva e pontos de interesse na decoração. São capazes de trazer cor e textura para o ambiente e podem despertar um monte de sensações boas. Uma imagem vale mais do que mil palavras”, afirma Arruda.
Escolha da arte correta é fundamental em uma decoração (Imagem: reprodução Youtube)
Tamanho e formato
A primeira preocupação deve ser a escolha do local e da posição em que o quadro será encaixado. Depois, com isso feito, é preciso saber qual o tamanho da arte que a pessoa tem interesse em colocar, assim é possível definir o formato da obra. Para Arruda, ele deve estar de acordo com o espaço de parede que você quer preencher. Em muitos casos, isso demanda uma composição com mais de uma arte para chegar no tamanho necessário.
Assim, segundo ele é possível escolher entre os formatos: paisagem, retrato, panorâmico ou quadrado. “Existe uma regra de ouro quando a gente coloca quadros sobre móveis, como cabeceira, buffet, sofá e poltrona: o ideal é que a composição tenha dois terços da largura do móvel. Por exemplo, em um sofá com dois metros, a composição deve ter até um metro e trinta”, lembra o arquiteto.
O ideal é que a composição tenha dois terços da largura do móvel (Imagem: reprodução Youtube)
Defina um tema
“Cada tema ou tipo de arte traz para a decoração um sentimento diferente”, afirma. O tema é algo muito particular, porém é possível ter uma ideia de acordo com o tipo de desenho. Artes em geral com formas geométricas trazem um ar contemporâneo ao espaço. Já fotografias são capazes de trazer boas lembranças ou são ideais para contemplar e sonhar. Imagens urbanas são ótimas para ambientes com decoração industriais, colagens trazem humor e irreverência para o local e tipografias podem servir de mantra para o morador. Já imagens abstratas traduzem um morador corajoso e apaixonado por arte. “Ainda existem diversos outros temas. Por isso, não se prenda a somente um. Misturar é a parte mais legal quando você cria uma galeria – que nada mais é do que uma parede com vários quadros. Mas, se você está perdido, se agarra num tema para começar”, afirma.
Qual a cor ideal de um quadro
Cor também pode ser um ponto de partida para escolher uma arte. Às vezes, um quadro colorido tem o potencial de se tornar um ponto focal na decoração de um espaço. Ou então, é capaz de solucionar um ponto fraco de uma decoração, como em espaço muito frios ou não convidativos. “Antes de tudo, primeiro você precisa olhar para as grandes superfícies, os grandes volumes da sua casa: piso, paredes, sofá, guarda-roupa, roupa de cama, entre outros”
Em um ambiente neutro, com muito bege, madeira, branco e cinza, ele destaca que o uso de cores mais saturadas, quadros mais coloridos, podem se equilibrar com o tom da decoração. Em uma sala toda branca, cores e tons escuros são ideais. Se for toda bege, busque por quadros em tons terrosos naturais, na paleta de vermelho, rosas, terrosos e verdes, ou uma foto que tenha um desses tons.
A cor da arte precisa estar em acordo com o resto do ambiente (Imagem: reprodução Youtube)
“Agora se você já tem um sofá ou uma parede colorida, é precisa tomar cuidado”, ressalta Arruda. Em um local com um sofá for verde, por exemplo, os quadros podem ter detalhes dessa cor. Essa relação entre diferentes itens da decoração é a sensação que as coisas combinam, que criam uma harmonia na decoração.
Ele ainda lembra que não se deve escolher quadros com uma arte que tenha um fundo da mesma cor da sua parede. Se há uma parede azul, evite escolher arte com fundo da mesma cor, ou com fundo branco em uma parede branca. “É possível corrigir isso com molduras”, lembra. Caso tenha outros objetos de decoração coloridos na sala, é possível fazer um link entre a arte e os objetos. Em um ambiente com uma poltrona rosa, por exemplo, um quadro com esse tom pode se destacar na decoração.
“Um esquema infalível que combina aquilo que você já tem com os quadros da parede são as composições monocromáticas. Vários tons da mesma cor. Por exemplo: você tem uma poltrona verde, pode usar quadros nesses tons”, ele ainda destaca que um sofá marrom, que é uma variação do vermelho, pode se combinar perfeitamente com um quadro verde.
Ainda é possível fazer composições com quadros em tons neutros, em preto e branco, por exemplo. “Esse tipo de combinação é muito legal. Mas colocar um ponto colorido no meio deixa ainda mais destacado as artes colocadas ali”, afirma. Antes de colocar na parede, uma dica é sempre montar a composição ainda no chão. Isso ajuda a não errar na hora de colocar na parede. “Na Urban Arts, eles contam com o Art Lab, uma ferramenta exclusiva de composição de quadros, que utiliza parede realistas para testar essas combinações”, completa Arruda.
Urban Arts