Público LGBT+ ainda sofre preconceito e acredita que o atual governo influencia o aumento dele
O estudo Oldiversity® busca estabelecer um parâmetro para avaliar empresas que se preocupam com assuntos ligados à longevidade e à diversidade, incluindo de orientação sexual. De maneira geral, diz Edmar Bulla, as empresas estão muito longe do que o público espera, seja na publicidade, oferta de produtos e serviços e em empregabilidade para pessoas LGBT+, longevos e pretos.
A diversidade é aceita pela grande maioria da população, mas ainda é preciso transpor o discurso para maior representatividade dos públicos em todos os âmbitos, sejam sociais ou profissionais. 77% dos entrevistados declaram aceitar a diversidade, 70% acreditam que as empresas e marcas devam integrar o tema diversidade e 54% dos entrevistados acreditam que as propagandas ajudam a criar uma sociedade mais tolerante.
Mas o público LGBT+ deseja maior participação no mercado de trabalho, segundo os dados da pesquisa, 75% dos entrevistados apontam que as empresas têm preconceito em contratar um profissional LGBT+. 68% dos entrevistados declaram que as propagandas ajudam a criar uma sociedade mais tolerante à diversidade e que 72% dos entrevistados gostariam de ver mais propagandas com elementos de diversidade. Algumas empresas já despertaram para este cenário e há tempos vem investindo em elementos e mensagens para o público LGBT+.
LGBT+ ainda sofre preconceito por sua orientação sexual e acredita que o atual governo influencia o aumento dele: 73% dos LGBT+ entrevistados dizem que o governo influenciou no aumento do preconceito de gênero ou orientação sexual, ou seja 7 em cada dez brasileiros LGBT+ afirmam que o atual governo influenciou negativamente a diversidade e 53% já sofreram algum tipo de discriminação pela sua orientação sexual.
“A agressão física e verbal é comum no cotidiano da comunidade LGBT no Brasil. Estamos vivendo um momento delicado no país com o aumento da intolerância e do discurso de ódio contra grupos que fazem parte da diversidade. Infelizmente as pessoas são agredidas pelo simples fato de serem quem são. Essa violência é um reflexo do preconceito, que por sua vez deriva da falta de informação e da ignorância. As marcas têm um papel fundamental em abordar e incluir esse tema na sua comunicação para fomentar o debate e gerar esclarecimento para a sociedade”, explica Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma.
O estudo compreendeu 2032 entrevistas on-line com a população de todo o Brasil, realizadas entre 23 e 31 de julho de 2020. O Grupo Croma lançou a segunda edição do Oldiversity®, com metodologia aplicada utilizando cotas de idade, gênero, região geográfica, classe socioeconômica, e cotas específicas de raça, orientação sexual e PCDs. A margem de erro é de 2 p.p. para amostra total, considerando nível de confiança de 95%. Os resultados foram ponderados para representar a população brasileira das classes ABC.