Purple Day: data conscientiza e debate preconceitos contra a epilepsia
O mês de março é marcado pelo Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia, que acontece no dia 26. O Purple Day (Dia Roxo) foi criado por meio de um esforço internacional e voltado para ações que reforçam a data e a importância da conscientização sobre a doença.
A epilepsia é uma doença neurológica crônica que acomete pessoas de todas as idades ao redor do mundo. É caracterizada por crises recorrentes, sendo que a mais conhecida da população é a convulsão, mas ela não é a única. A médica convidada pela Prati-Donaduzzi para abordar o tema, a neurologista e membro da Comissão de Jovens Pesquisadores da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), Eliane Keiko Fujisao, explica que “as crises podem se apresentar como movimentos e espasmos de somente um membro; um mal-estar, ou também alterações visuais e de sensibilidade”.
Suas causas são múltiplas, e dentro desse conjunto de doenças existem as que são oriundas de uma predisposição genética; as que são consequências de problemas ocorridos durante a gestação ou o parto; as que são secundárias a doenças infecciosas, inflamatórias ou metabólicas e as que são chamadas de estruturais, que foram causadas por traumatismo craniano ou por um acidente vascular cerebral (AVC).
Em pouco mais de 60% dos casos, há controle das crises com medicamentos, no entanto, as comorbidades cognitivas, como dificuldade de memória e atenção, e as comportamentais, como depressão e ansiedade, ainda estão presentes e podem afetar a qualidade de vida.
Apesar dos impactos no dia a dia do paciente, os especialistas garantem que é possível controlar a doença e reduzir as crises. “Hoje, há muitos tratamentos alternativos como a dieta cetogênica e o uso do Canabidiol”, afirma a neurologista.
Desafios da falta de informação
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3 milhões de brasileiros sofrem com a enfermidade. No mundo, são aproximadamente 50 milhões de pessoas. Além da busca por melhor qualidade de vida, uma das principais lutas de quem vive com a doença é contra o preconceito.
“Além de todas as dificuldades que o paciente passa com a doença, ele ainda precisa lidar com a desinformação de amigos, familiares e comunidade, que podem piorar esse quadro com preconceito e estigma. Por isso que ações como o Purple Day são tão importantes”, reforça a Dra. Fujisao.
Em prol da conscientização
Um exemplo de ação que busca justamente contribuir nesta luta através de informação é o Purple Day Brasil. Marcado para o dia 27 de março, às 9h30, acontece de forma on-line – por conta da pandemia da Covid-19 – e objetiva tratar o tema da epilepsia sem preconceito. A ação reúne grandes personalidades, médicos especialistas, profissionais da saúde e pacientes para dialogarem sobre a vida com epilepsia e a inscrição gratuita pode ser feita pelo site: http://bit.ly/purpledaybrasil.
“Tenho certeza de que será um evento transformador na vida de muitas pessoas que têm epilepsia e não reconhecem a necessidade e a importância de saber sobre outras que passam pela mesma condição que elas, entendendo seus medos, inseguranças, sonhos e criando referências para se autoconhecer e buscar qualidade de vida”, assegura o embaixador do movimento Purple Day, Eduardo Caminada Junior.
A Prati-Donaduzzi apoia pelo segundo ano consecutivo a ação, que converge com o objetivo da empresa em levar saúde por meio de informações para as pessoas, principalmente sobre as patologias do Sistema Nervoso Central (SNC). Além disso, a farmacêutica disponibiliza à comunidade e aos profissionais médicos um website (https://www.evolucaoparavida.com.br/) com conteúdos exclusivos.