10 motivos para colocar limite de tempo no uso de smartphone por crianças
A tecnologia facilita muito nossa vida, mas somos adultos e passamos pelas fases de desenvolvimento escolar. No caso das crianças, o uso excessivo de smartphones pode prejudicar suas vidas em diversos aspectos. Confira alguns deles:
- Altera o relacionamento pais e filhos: as primeiras relações sociais que a criança tem são com a família. Ela será o parâmetro para a vivência em sociedade e exemplo de comportamento. Se a criança não vivencia experiências sociais durante um almoço em família, uma brincadeira no parque ou mesmo conversas durante o cotidiano há consequências que afetarão seus vínculos familiares e criarão sérios problemas de relacionamento mais à frente.
- Pode afetar o sono: usar smartphone antes de dormir pode causar uma fatiga no corpo, pois altera o ciclo do sono. As crianças precisam ter um sono tranquilo para repor energias e o smartphone dificulta esta tarefa biológica.
- Causa alterações na aprendizagem: tem um impacto bastante profundo no que diz respeito à atenção. Este é um fator extremamente relevante para aprender, sem atenção dificilmente a criança aprenderá ou reterá na memória a aprendizagem.
- Provoca problemas comportamentais: birra e falta de paciência são apenas dois problemas de comportamento causados pelo uso excessivo dos aparelhos. Quando não há limite ou o limite é inadequado a criança tem uma tendência a ficar irritadiça quando não está com o aparelho.
- Causa indiretamente a obesidade: pode levar à obesidade infantil, porque induz a criança ao sedentarismo. A criança deve ter atividades físicas por meio de brincadeiras, convívio social, atividades próprias para sua idade e que causem a movimentação corporal. Sem essa movimentação, além de problemas escolares por falta de coordenação motora estimulada, a criança pode ter sérios problemas com o peso.
- Tem impacto negativo na saúde mental: depressão e anorexia são duas doenças que possuem, em suas causas, grande parcela da culpa atribuída ao uso excessivo de smartphones. Ao ficarem dependentes do aparelho podem começar a sofrer bullying dos colegas e terem a saúde mental afetada.
- Causa dependência: tudo o que é excessivo causa problemas e o smartphone não é diferente. Temos atualmente até mesmo uma doença já associada a ele: a F.O.M.O. ( fear of missing out, algo como “medo de ficar desconectado”). A criança cria um vínculo tão profundo com o aparelho, que começa a não conseguir ter uma vida sem ele.
- Gera problemas sobre a consequência dos atos: se não houver supervisão, as crianças podem começar a interagir com outras pessoas, inclusive colegas, e utilizar sem restrições falas ameaçadoras, por exemplo. Por não estar em um ambiente supervisionado por um adulto a todo momento elas podem aproveitar para agir sem pensar e não serem repreendidas por isso, o que aumenta os atos sem consequência imediata e cria indivíduos sem filtro social.
- Limita a criatividade: bombardeados por estímulos de jogos e vídeos, as crianças não recebem o tempo necessário para processar a imaginação, não são direcionados a pensar por si só e isso afeta diretamente sua criatividade, além de limitar também o desenvolvimento oculomotor.
- Retira a sensibilidade à violência: quando ficam expostos demais, com acesso a jogos e sites que possuem violência, podem deixar de filtrar o que é real e o que é fantasia, levando a atos de violência fora das telas, a princípio, sem motivo aparente. Quando isso ocorrer, é ideal que comece a ser monitorado o acesso da criança, para verificar se não está se aventurando por péssimos exemplos de comportamento.
Especialista em educação, Janaína Spolidorio é formada em Letras, com pós-graduação em consciência fonológica e tecnologias aplicadas à educação e MBA em Marketing Digital. Ela atua no segmento educacional há mais de 20 anos e atualmente desenvolve materiais pedagógicos digitais que complementam o ensino dos professores em sala de aula, proporcionando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos e atua como influenciadora digital na formação dos profissionais ligados à área de educação.