Diagnóstico e tratamento precoce do Alzheimer ajudam a retardar a evolução da doença
Fevereiro Roxo é o mês da conscientização a respeito do lúpus, fibromialgia e também do Alzheimer, doença comum na terceira idade, que acomete o sistema nervoso e causa a morte dos neurônios, que compromete a memória, a capacidade de linguagem e o comportamento do paciente. Dados de 2019, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), apontam que dos dois milhões de brasileiros acometidos com alguma demência – doenças que afetam as atividades cerebrais e dificultam a cognição –, por volta de 40 a 60% correspondem a pessoas com a doença de Alzheimer (DA).
Segundo o assessor médico do Grupo FQM e neurologista, Dr. Willians Lorenzatto, a doença é inteiramente ligada à idade e à genética. “O Alzheimer é uma doença idade-dependente e seu risco aumenta em familiares, o que indica que a genética está fortemente relacionada a ela. Aproximadamente 40% dos pacientes possuem, no seu histórico, um antecedente familiar, especialmente em famílias longevas”, afirma.
O especialista explica que os sintomas iniciais da doença são comumente confundidos durante o processo natural do envelhecimento. Por isso, é importante que os familiares fiquem atentos às queixas e sinais de perda de memória e de interesse pelas atividades cotidianas. “A alteração mais importante e inicial é a da memória, seguida de transtornos de outras esferas cognitivas superiores, como cálculo, escrita, leitura, fala, marcha e alterações psiquiátricas”, completa. Alucinações, delírios e mudanças repentinas de humor também podem ser comuns em pessoas com DA.
O Mal de Alzheimer pode comprometer a coordenação, equilíbrio e até mesmo as funções vitais. O quadro é progressivo e, por isso, vai piorando com o passar do tempo, até que a pessoa se torne integralmente dependente de cuidados de terceiros. “A doença é variável entre os acometidos, até o paciente ficar dependente totalmente, pode demorar de oito a 15 anos. O que mata são as complicações causadas por infecções, pneumonia, escaras e desnutrição”, esclarece Dr. Lorenzatto.
Apesar de não haver cura, os tratamentos com acompanhamento médico podem amenizar os sintomas e retardar a evolução da doença, principalmente quando detectada em sua fase inicial. Para tal, o diagnóstico e tratamento devem ser realizados por um geriatra ou neurologista.
Para que o enfrentamento da doença seja mais ameno, o Portal Fale Abertamente, que está no ar desde 2018, possui uma área exclusiva para falar sobre o Alzheimer. No site, também é possível encontrar diversas informações, inclusive com dicas de como ajudar um paciente diagnosticado e a indicação de tratamentos gratuitos ou acessíveis. A plataforma pode ser acessada por meio do link.