Dia do Farmacêutico: a importância do profissional em prol de uma medicação segura
Em 20 de janeiro é comemorado o Dia do Farmacêutico. A data homenageia os profissionais do ramo e o trabalho em prol da segurança dos pacientes, através de ações que promovem a segurança da cadeia medicamentosa desde a seleção até o monitoramento de reações adversas.
Em 2019, uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF) apontou que 77% dos brasileiros costumam automedicar-se com frequência*. A data ganha ainda mais destaque devido à cultura da automedicação que persiste e que pode ter ganhado força com o temor das pessoas com relação ao coronavírus, uma vez que muitos têm receio de contrair a Covid-19 durante uma visita de rotina à unidade de saúde.
“A automedicação é uma prática perigosa pois pode mascarar sintomas de doenças, dificultando e até mesmo atrasando diagnósticos o que pode agravar o quadro do paciente. Além disso, o uso de medicamentos sem orientação de um profissional qualificado aumenta os riscos de reações adversas como alergias e intoxicações”, explica Patricia Campos, coordenadora de Farmácia Clínica da Pronep Life Care, empresa do grupo Sodexo e pioneira no segmento de atenção domiciliar (home care) no Brasil.
“É muito comum que a prescrição médica e a orientação farmacêutica sejam substituídas por sugestões de familiares e conhecidos. Porém, é importante ressaltar que o medicamento que “funcionou” para uma pessoa não necessariamente “funcionará” para outra.” Fatores como interações medicamentosas e doenças pré-existentes precisam ser avaliados individualmente para que agravos à saúde sejam evitados.
Ela explica, ainda, que uso inadequado de antibióticos, por exemplo, pode contribuir para que patógenos se tornem cada vez mais resistentes aos tratamentos existentes. “O uso de um antibiótico errado ou por um tempo inferior ao necessário pode levar ao surgimento de superbactérias. As bactérias se reproduzem e sofrem mutações muito rapidamente. Cada vez que tomamos um antibiótico as bactérias que são sensíveis morrem e aquelas que são resistentes sobrevivem e continuam se reproduzindo no organismo. Caso o paciente volte a desenvolver a doença será necessário um novo antibiótico pois o anterior não terá mais efeito”, explica Patrícia.
Medicamentos de alta vigilância
A Joint Commission International (JCI), principal selo de acreditação na área da saúde, estabeleceu em conjunto com a OMS seis metas internacionais para a segurança dos pacientes. Entre elas está a terceira meta, que visa aprimorar o controle de medicamentos de alta vigilância.
Para aumentar a segurança no manejo destes itens, uma série de medidas são adotadas. “Na Pronep, todos os medicamentos classificados como de alta vigilância são armazenados em estantes sinalizadas e segregadas dos demais. Todos recebem etiquetas vermelhas de alerta e são enviados para os pacientes com a orientação de guarda em maletas vermelhas específicas. Essas maletas são disponibilizadas para as residências, visando garantir que os cuidados adotados se mantenham em toda a cadeia”, conta Patrícia.
Além da identificação e da guarda segura dos medicamentos, as prescrições médicas possuem uma sinalização de que se trata de um medicamento de alta vigilância e suas principais reações adversas. “A nossa Comissão de Farmácia e Terapêutica se reúne mensalmente para avaliar a efetividade das nossas barreiras, rever protocolos, propor melhorias e estabelecer cada vez mais ações que visem garantir a de segurança dos nossos pacientes, completa Patrícia, lembrando que a Pronep foi a primeira empresa de atenção domiciliar certificada pela JCI.
*Confira o estudo completo do CFF no link: