Dormência nos pés: quando o formigamento pode indicar neuropatia periférica
Entenda os sinais que vão além do cansaço e saiba quando buscar ajuda especializada
A sensação de dormência nos pés é comum e muitas vezes atribuída apenas ao cansaço ou má circulação temporária. No entanto, quando esse formigamento se torna frequente ou surge sem motivo aparente, pode ser um sinal de neuropatia periférica — uma condição que afeta os nervos responsáveis pela sensibilidade e movimento dos pés.
De acordo com dados da assessoria de imprensa da All Pé, grande parte dos pacientes só procura atendimento quando os sintomas já estão avançados, como perda sensorial, dor intensa ou feridas que não cicatrizam. Andrea Medeiros, coordenadora técnica da All Pé, alerta que “a dormência recorrente não é normal. É um dos primeiros sinais de que algo está comprometendo os nervos. Quanto mais cedo investigamos, maiores as chances de evitar complicações”.
A neuropatia periférica pode ter diversas causas, incluindo diabetes, compressões nervosas, deficiências vitamínicas, problemas na coluna, alcoolismo, hipotireoidismo e até o uso prolongado de calçados apertados. Embora seja uma condição comum, ela é frequentemente subestimada, especialmente por pessoas que passam muitas horas em pé ou têm mais de 40 anos.
É importante diferenciar a dormência ocasional — como aquela que ocorre ao cruzar as pernas por muito tempo — da dormência persistente ou repetida. Segundo a especialista, “quando há sensação de dormência frequente nos pés, mesmo em repouso, ou quando ocorre perda de sensibilidade, sensação contínua de agulhadas, queimação ou dificuldade para perceber o contato com o chão, é sinal de que é necessário buscar avaliação especializada”.
Além do desconforto, o comprometimento dos nervos pode afetar o equilíbrio, alterar a forma de andar e aumentar o risco de quedas. Em estágios avançados, pequenas lesões podem se transformar em infecções graves, principalmente em pessoas com diabetes. Andrea reforça que “já recebemos pacientes que não perceberam queimaduras, cortes ou machucados por falta de sensibilidade. Isso mostra como a neuropatia é perigosa quando negligenciada”.
O diagnóstico envolve testes de sensibilidade, análise da pisada e investigação das causas clínicas. O tratamento pode incluir controle glicêmico, mudanças de hábitos, suplementação, fisioterapia, ajustes no uso de calçados e acompanhamento podológico.
Para prevenir complicações, a especialista recomenda:
– Observar qualquer mudança na sensibilidade dos pés;
– Evitar sapatos apertados ou rígidos;
– Fazer pausas durante longos períodos em pé;
– Manter exames médicos em dia, especialmente se houver fatores de risco como diabetes.
“Cuidar dos pés é cuidar da saúde geral. Dormência frequente nunca deve ser normalizada”, conclui Andrea Medeiros.
Fique atenta aos sinais do seu corpo e não hesite em buscar ajuda para garantir sua saúde e bem-estar.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



