Corpo revela sinais ignorados da sobrecarga emocional no fim do ano
Entenda como o estresse das festas pode se manifestar fisicamente e aprenda a identificar os sintomas
Com a chegada do fim do ano, muitas pessoas enfrentam uma sobrecarga emocional que pode se manifestar no corpo de formas que frequentemente são ignoradas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam que, em períodos de alto estresse emocional como dezembro, há um aumento significativo de sintomas físicos sem causa clínica aparente.
Segundo o psicólogo e pesquisador Jair Soares dos Santos, do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT), o mês de dezembro reúne uma série de fatores que ampliam a pressão psíquica. “Confraternizações, cobranças familiares, balanços pessoais e expectativas para o próximo ano se acumulam em poucas semanas. Quando não há espaço para elaborar essas emoções, o corpo encontra outras formas de expressão”, explica.
Entre os sintomas mais comuns estão dores musculares, crises gastrointestinais, enxaquecas, fadiga persistente e alterações no sono. Esses sinais aparecem mesmo na ausência de diagnósticos clínicos objetivos, refletindo o impacto direto do estresse emocional prolongado sobre o funcionamento do organismo. Pesquisas da Fiocruz apontam que o estresse crônico está associado ao aumento de processos inflamatórios e alterações no sistema imunológico, favorecendo o surgimento de sintomas físicos recorrentes.
Além disso, a literatura científica relaciona o sofrimento psíquico não elaborado a quadros como a síndrome do intestino irritável, dores crônicas e manifestações de ansiedade somatizada. Para Santos, o problema não está nas celebrações em si, mas na pressão social para demonstrar felicidade e harmonia em um momento que pode ser emocionalmente desafiador. “Há uma exigência silenciosa de felicidade e harmonia, mesmo quando a pessoa está exausta ou atravessando perdas. Esse conflito interno favorece a somatização”, afirma.
É importante destacar que a leitura psicossomática não substitui a avaliação médica, mas ajuda a compreender melhor sintomas persistentes sem causa orgânica identificável. Especialistas recomendam atenção a sinais como dores recorrentes, insônia, alterações bruscas de apetite, crises de ansiedade e queda de imunidade, especialmente quando não há causas definidas. Buscar acompanhamento profissional nesses casos é fundamental.
Em um período marcado por encontros e celebrações, o cuidado com a saúde emocional passa também pelo reconhecimento dos próprios limites. “Escutar os sinais do corpo é uma forma de prevenção. Ignorá-los pode transformar um desconforto passageiro em um problema crônico”, conclui o psicólogo.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa, destacando a importância de dar atenção à saúde mental e física durante o fim do ano, um momento que pode ser tanto de alegria quanto de grande pressão emocional.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



