6 Tendências em Calçados para 2026: Conforto e Escolhas Inteligentes
Releituras clássicas e materiais inovadores refletem um mercado que valoriza o uso real e a permanência no guarda-roupa
2026 aponta para um movimento claro no mercado de calçados: escolhas mais cuidadosas, feitas a partir do uso real. Em vez de novidades que exigem substituição constante, o próximo ano destaca modelos já presentes no cotidiano — agora pensados com construções mais confortáveis, materiais atualizados e proporções que acompanham diferentes momentos do dia.
Esse cenário reflete um consumidor mais atento, que busca peças capazes de permanecer no guarda-roupa, atravessar contextos e continuar fazendo sentido com o tempo.
Segundo Anna Shin, CEO e co-founder da Wishin, essa leitura nasce da observação constante da rotina das pessoas. “Hoje, a escolha do sapato passa muito mais pelo que funciona de verdade. As pessoas querem conforto real, peças que conversem com seu estilo e que possam ser usadas muitas vezes, em diferentes situações”, afirma.
Para Anna, entender o que vem pela frente não é olhar apenas para referências externas, mas para o dia a dia. “Observo como as pessoas usam o mesmo sapato ao longo da semana — no trabalho, em compromissos pessoais, em momentos mais informais. É ali que fica claro o que permanece, porque tendência, para mim, é aquilo que continua sendo escolhido”, explica.
Principais tendências de calçados para 2026:
Mocassins: o novo protagonista do dia a dia
Os mocassins ganham ainda mais espaço e assumem um papel central no guarda-roupa contemporâneo. Há um movimento claro de mudança: o tênis deixa de ser tão protagonista como foi nos últimos anos, especialmente à medida que seu visual se torna menos esportivo. Nesse contexto, o mocassim ocupa esse lugar, oferecendo praticidade semelhante, mas com um acabamento mais alinhado. Em couro ou camurça, ele transita com facilidade entre compromissos profissionais e momentos casuais. “É um sapato que resolve a vida real, sem exigir troca ao longo do dia”, comenta Anna.
Sapatilhas: origem, memória e permanência
As sapatilhas ocupam um lugar especial na Wishin — foi com elas que a marca começou sua história (desde 2011 a linha de sapatilhas nunca saiu da coleção da marca). Em 2026, elas seguem relevantes, agora com novas formas, solados mais confortáveis e construções aprimoradas. Palmilhas anatômicas e ajustes de design permitem que acompanhem jornadas longas, mantendo a leveza que sempre fez parte do modelo. “A sapatilha representa bem a essência da Wishin: simplicidade, conforto e uso contínuo”, afirma.
Oxfords com proporções mais leves e contemporâneas
Os oxfords continuam presentes, agora com solas mais leves, acabamentos atualizados e um desenho mais fluido. São modelos que transitam entre referências do guarda-roupa clássico e o cotidiano atual, funcionando como uma alternativa elegante e confortável para quem busca estrutura sem rigidez excessiva.
Clogs: a praticidade de calçar fácil, com visual arrumado
Os clogs seguem ganhando espaço por sua facilidade de uso. São calçados simples de calçar, quase como um chinelo, mas com um visual mais arrumado. Com os dedos protegidos e o pé bem acomodado, oferecem praticidade sem abrir mão da estética. Na Wishin, aparecem em versões de couro, camurça e até estampados, pensadas para quem valoriza conforto e facilidade.
Sapatos de bico fino, mas pensados para o uso real
O bico fino segue como um desenho clássico, mas aparece em versões mais amigáveis ao cotidiano. Na Wishin, ele surge em diferentes modelos: com saltos menores, saltos em bloco ou construções que distribuem melhor o peso do corpo. O resultado são sapatos que mantêm a elegância do bico fino, mas com conforto suficiente para acompanhar a rotina. “É um formato que alonga a silhueta e funciona visualmente, sem abrir mão da experiência de uso”, destaca Anna.
Novos couros e materiais que atualizam o clássico
Além do couro tradicional e da camurça, surgem novos tratamentos e texturas que atualizam os modelos sem descaracterizá-los. Acabamentos diferenciados, efeitos sutis e materiais desenvolvidos com foco em durabilidade trazem frescor às coleções, mantendo a identidade atemporal das peças.
Bolsas: peças que acompanham a rotina
As bolsas seguem a mesma lógica dos calçados: modelos pensados para o uso cotidiano, com proporções que funcionam e materiais que acrescentam interesse visual. Formas clássicas aparecem em diálogo com camurça e novas texturas, criando peças que acompanham diferentes momentos do dia sem perder relevância.
“Em 2026, a bolsa ideal é aquela que se adapta à rotina e continua fazendo sentido com o tempo. Não é sobre excesso, mas sobre escolha consciente”, resume Anna.
Comportamento e consumo
O que se observa hoje é um consumo mais atento e menos impulsivo. Em vez de substituições constantes, ganham espaço modelos que acompanham diferentes situações — do trabalho ao lazer — e permanecem presentes no guarda-roupa.
Para Anna, essa mudança reflete uma relação mais madura com o vestir. “O sapato deixa de ser apenas um acessório e passa a ser parte da rotina. Ele precisa funcionar, acompanhar histórias reais e continuar sendo escolhido depois de muito uso”, afirma.
Mais do que falar sobre tendências, 2026 aponta para decisões baseadas em conforto, permanência e vida real — escolhas que transformam o cotidiano sem precisar de exageros.
Por Anna Shin
CEO e co-founder da Wishin
Artigo de opinião



