Como iniciar o tratamento com cannabis medicinal em 2026: guia prático em 6 passos

O ano de 2026 será um marco para a medicina canábica no Brasil, com a expectativa da regulamentação do cultivo de cannabis para fins medicinais e farmacêuticos até março. Em 2025, mais de 873 mil pacientes já utilizavam tratamentos com derivados da planta, movimentando um mercado que se aproxima do bilhão, segundo dados da consultoria Kaya Mind. Para quem deseja iniciar esse tipo de terapia, seguir passos claros e seguros é fundamental. Confira, com base em informações da assessoria de imprensa, os 6 passos essenciais para começar o tratamento com cannabis medicinal em 2026.

1. Entenda que a cannabis não é uma “pílula mágica”
A especialista Dra. Mariana Maciel destaca que a medicina canabinoide é uma abordagem integrativa. “Tratamos a pessoa, não o sintoma. A cannabis deve ser associada a outras estratégias terapêuticas, considerando o paciente como um todo.” Portanto, o tratamento deve ser parte de um cuidado mais amplo e personalizado.

2. Procure um médico qualificado para prescrição
O primeiro passo prático é buscar um médico com registro ativo no Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Conselho Regional de Medicina (CRM). Embora não haja certificação específica para prescrição de cannabis medicinal no Brasil, é recomendável escolher profissionais com formação e experiência na área. Clínicas especializadas e referências confiáveis podem ajudar nessa escolha.

3. Faça uma consulta médica detalhada
Na consulta inicial, o paciente deve informar seu histórico de saúde, rotina, tratamentos em curso e medicamentos utilizados. “Aqui é a hora do paciente falar tudo”, reforça a Dra. Mariana. Com essas informações, o médico define o tipo de canabinoide (CBD, THC ou combinações), a forma de uso e a dosagem adequada.

4. Cadastre-se no portal da Anvisa para importação
Com a receita em mãos, o paciente deve se cadastrar no portal gov.br para solicitar autorização da Anvisa para importar o medicamento. Muitas farmacêuticas, como a Thronus Medical, auxiliam nesse processo. A autorização é gratuita, válida por dois anos, e permite a compra do medicamento importado, entregue em domicílio. A prescrição médica, porém, tem validade de seis meses, incentivando o acompanhamento contínuo.

5. Compre o medicamento indicado com autorização
Só após a autorização da Anvisa é possível adquirir o medicamento importado. A importação é limitada a até 180 dias de tratamento, conforme a prescrição médica.

6. Inicie o tratamento e mantenha acompanhamento médico
O acompanhamento médico é indispensável para ajustar a dosagem e avaliar a eficácia do tratamento. “Esta fase não pode, de modo algum, ser negligenciada”, alerta a especialista. O diálogo constante entre paciente e médico garante segurança e melhores resultados.

Mito desfeito: o tratamento não é para ficar “chapado”
Nem todo tratamento envolve THC, e quando envolve, as doses são terapêuticas e controladas. “O objetivo não é alterar a consciência, mas modular o sistema endocanabinoide para promover equilíbrio fisiológico”, explica a Dra. Mariana.

Indicações da cannabis medicinal
A cannabis tem sido usada como terapia adjuvante em diversas condições, especialmente quando tratamentos convencionais não são eficazes. Entre as indicações estão dores crônicas, transtornos de ansiedade, insônia, epilepsia refratária, autismo, fibromialgia, doenças inflamatórias, Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, efeitos colaterais oncológicos, doenças autoimunes, enxaqueca crônica e distúrbios gastrointestinais, como a doença de Crohn.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, mas há um corpo consistente de evidências clínicas que respaldam o uso da cannabis medicinal em diferentes contextos terapêuticos.

Seguir esses passos ajuda a garantir um tratamento seguro, eficaz e alinhado com as regulamentações brasileiras, promovendo saúde e qualidade de vida para quem busca essa alternativa terapêutica.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA