Terapia com psicodélicos: nova esperança para cuidadores enfrentarem traumas

Entenda como a terapia assistida por psicodélicos pode ajudar cuidadores a superar o estresse e o TEPT

Segundo dados da Pesquisa Nacional sobre Trabalho Doméstico e de Cuidados Remunerados, realizada pelo Instituto de Pesquisas Aplicadas (IPEA), cerca de 47,5 milhões de brasileiros estão envolvidos em atividades de cuidado, muitas vezes sem remuneração. A maioria são mulheres entre 40 e 60 anos que cuidam de idosos ou pessoas com limitações físicas ou intelectuais. Essa rotina exaustiva, marcada por longas horas de dedicação, pressão constante e falta de suporte, pode levar ao desenvolvimento de transtornos como depressão, ansiedade e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).

O médico pós-graduado em Neurologia, Dr. Lucas Cury, explica que esses cuidadores frequentemente negligenciam a própria saúde enquanto priorizam as necessidades do outro. “São longas horas dedicadas ao cuidado, sem descanso adequado, com uma forte concentração de responsabilidades, pressão constante de lidar com a doença e com as necessidades da pessoa cuidada, além da falta de contato social e negligência com a própria saúde. Tudo isso são gatilhos perigosos para o desenvolvimento de problemas como depressão, ansiedade e Transtornos de Estresse Pós-Traumático (TEPT).”

Para Cury, cuidar de quem cuida é fundamental, pois o adoecimento emocional do cuidador impacta diretamente o bem-estar da pessoa assistida. Ele destaca que muitos cuidadores acabam abrindo mão da própria vida profissional e social, enfrentando a exaustão e a frustração sozinhos, sem uma rede de apoio. “São pessoas que carregam o mundo nas costas e, muitas vezes, desmoronam silenciosamente. Precisam ser acolhidas antes de perderem as próprias forças.”

Diante desse cenário, muitos recorrem a medicamentos controlados para aliviar sintomas, mas esses remédios geralmente apenas anestesiam a dor emocional, sem tratar a raiz do trauma. É aí que entram as terapias assistidas com psicodélicos, que vêm ganhando respaldo científico. Substâncias como MDMA e psilocibina, quando combinadas com psicoterapia, têm mostrado eficácia no tratamento de quadros graves e resistentes, como o TEPT.

O Dr. Lucas Cury compara o uso desses psicodélicos a uma forma de “reciclagem da rede cerebral”, permitindo que o paciente quebre padrões neurais repetitivos que mantêm o sofrimento. “O MDMA, por exemplo, atua quebrando padrões neurais repetitivos — verdadeiras amarras que mantêm o paciente preso a ciclos de dor emocional. Ele permite uma espécie de reciclagem da rede cerebral, criando espaço para um novo olhar sobre o trauma.”

Embora ainda cercadas de polêmicas, essas terapias representam uma nova esperança para cuidadores que enfrentam traumas profundos, oferecendo uma abordagem que vai além do alívio temporário, buscando a cura real e duradoura.

Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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