Jovens das Gerações Y e Z ainda sonham com a casa própria, revela estudo
Pesquisa da PUCPR mostra que 95% dos jovens brasileiros desejam um imóvel próprio na terceira idade
Um estudo recente do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) revelou que 95% dos jovens brasileiros das gerações Y e Z ainda sonham em conquistar a casa própria. Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, marcado por juros altos e imóveis caros, o desejo pela moradia própria permanece forte entre os jovens, segundo dados da assessoria de imprensa da pesquisa.
A pesquisa, publicada em julho de 2025 no International Journal of Urban and Regional Research (IJURR), analisou as aspirações habitacionais de diferentes gerações no Brasil, com foco na classe média urbana. Foram entrevistados indivíduos de várias faixas etárias, e os resultados indicam que, apesar do crescimento do aluguel como alternativa, a maioria dos jovens ainda vê a casa própria como um objetivo a ser alcançado na terceira idade.
O urbanista Rafael Kalinoski, um dos responsáveis pelo estudo, destaca que “os padrões observados desafiam narrativas simplistas de uma suposta ‘geração aluguel’”. Ele explica que fatores individuais, sociais e econômicos influenciam esse desejo, que não desaparece mesmo entre aqueles que optam temporariamente pelo aluguel. Para 90% dos entrevistados, o aluguel é uma solução temporária e não uma escolha definitiva de estilo de vida.
Além disso, o estudo identificou diferenças na preferência pelo tipo de moradia conforme a idade. Entre os jovens da Geração Z, 75% preferem morar em casas, enquanto 58,1% da Geração Y compartilham essa preferência. Já entre os Boomers e a Geração X, apenas cerca de 38% desejam casas, com uma maior inclinação para apartamentos — 46,8% dos Boomers preferem esse tipo de moradia. Essa inversão é atribuída ao “efeito de experiência”, que valoriza as vantagens práticas dos apartamentos, como segurança e menor manutenção.
O estudo também classificou as aspirações em três perfis: o tradicional, que associa imóvel à segurança e status social; o pragmático, que vê o imóvel como proteção do patrimônio; e o flexível, mais comum entre os jovens, que valorizam a liberdade e experiências de vida, mas ainda mantêm o sonho da casa própria no futuro.
Essas descobertas trazem uma visão mais complexa sobre as escolhas habitacionais das gerações atuais e reforçam que, apesar das mudanças no mercado e nas condições econômicas, o sonho da casa própria continua vivo entre os jovens brasileiros.
Para quem acompanha tendências de lifestyle e comportamento, entender essas aspirações é fundamental para refletir sobre o futuro da moradia e o impacto das transformações sociais no mercado imobiliário.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



