Brasileiros aguardam mais de cinco anos para acesso a terapias inovadoras, revela estudo

Pesquisa da FIFARMA destaca atrasos e desigualdades no acesso a medicamentos inovadores no Brasil

Um novo estudo internacional divulgado pela FIFARMA em parceria com a IQVIA revelou que brasileiros esperam, em média, 5,3 anos para ter acesso a medicamentos inovadores, mesmo após a aprovação regulatória global. O levantamento, chamado Patient W.A.I.T. Indicator 2025, analisou 403 novas substâncias ativas aprovadas entre 2014 e 2024 em dez países da América Latina, incluindo o Brasil.

Segundo o estudo, o tempo médio entre a aprovação global e a primeira disponibilidade local no Brasil chega a 64 meses, o que representa um atraso significativo para pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e da saúde suplementar. Na média regional, o atraso total é ainda maior, chegando a 67 meses, sendo que 38 meses são gastos até a aprovação local e mais 29 meses até a primeira disponibilidade após essa aprovação.

O relatório destaca que, apesar dos avanços no processo regulatório brasileiro, ainda existem barreiras estruturais que dificultam a chegada rápida dessas terapias ao público. Após a aprovação local, o Brasil e o México apresentam um dos maiores atrasos, com mais de três anos até a primeira disponibilidade do medicamento.

Outro ponto importante do estudo é a desigualdade no acesso. Muitas vezes, mesmo com a aprovação, os medicamentos ficam restritos a subpopulações específicas, centros especializados ou apenas a quem pode pagar pelo setor privado. Apenas 33% das moléculas analisadas têm algum grau de disponibilidade pública em pelo menos um mercado da região, enquanto 11% estão disponíveis exclusivamente via seguro privado.

As áreas terapêuticas também apresentam diferenças: a oncologia é a que mais sofre atrasos no Brasil, enquanto medicamentos órfãos e do sistema nervoso central tendem a chegar mais rapidamente após a autorização local.

De acordo com André Ballalai, Diretor Associado da IQVIA e coautor do estudo, “o Brasil fez progressos significativos no processo regulatório, mas há uma necessidade urgente de traduzir esse progresso em disponibilidade real para os pacientes.” Já Yaneth Giha, diretora executiva da FIFARMA, reforça que “não basta aprovar, é preciso garantir o acesso” e que o futuro da saúde depende de ações concretas que unam todos os atores do sistema para transformar inovação em benefício real para a população.

Este estudo, divulgado pela assessoria de imprensa da FIFARMA, evidencia que o caminho entre a aprovação de um medicamento inovador e seu acesso efetivo ainda é longo e fragmentado no Brasil, impactando diretamente a vida de pacientes que aguardam por tratamentos modernos e eficazes. A busca por soluções que acelerem esse processo é fundamental para melhorar a qualidade de vida e a saúde da população brasileira.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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