Genotipagem do HPV: exame essencial para prevenir câncer de colo do útero a partir dos 25 anos
Novo protocolo recomenda teste precoce para identificar riscos e garantir tratamento eficaz contra o câncer que mais mata mulheres jovens
O câncer de colo do útero é uma das principais causas de morte entre mulheres jovens no Brasil, especialmente aquelas com menos de 36 anos. Estima-se que até 80% da população sexualmente ativa seja infectada pelo papilomavírus humano (HPV) em algum momento da vida, sendo o vírus o principal agente causador dessa doença. Dados recentes indicam uma prevalência de infecção genital de 54,4% entre mulheres, segundo pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde em 2023.
Diante desse cenário preocupante, a genotipagem do HPV surge como uma ferramenta eficaz para a detecção precoce do câncer de colo uterino. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) atualizou sua recomendação neste ano para que mulheres entre 25 e 64 anos, especialmente a partir dos 30, realizem o exame. Anteriormente, o teste era indicado apenas a partir dos 30 anos.
A infectologista pediátrica Sylvia Freire, do Sabin Diagnóstico e Saúde, explica que “o teste permite identificar os tipos de HPV de maior risco, possibilitando a adoção de medidas preventivas ou mesmo o tratamento precoce”. Esse exame identifica os genótipos do vírus, diferenciando aqueles que causam verrugas genitais dos que estão associados a tumores malignos, como os de colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta.
Importante destacar que o exame de genotipagem do HPV, antes disponível somente na rede privada, passou a ser oferecido na rede pública desde agosto de 2025, inicialmente em 12 estados, com expansão gradual para todo o país. Isso amplia o acesso à prevenção e ao diagnóstico precoce, fundamentais para reduzir a mortalidade causada pelo câncer cervical.
O HPV pode permanecer latente por meses ou anos, muitas vezes sem sintomas visíveis. A queda na imunidade pode favorecer a multiplicação viral e o surgimento de lesões, que podem ser clínicas, como verrugas genitais, ou subclínicas, sem sinais aparentes. “Ao detectar um genótipo de alto risco no exame de genotipagem, a conduta médica é ajustada conforme o grau de malignidade, que só pode ser conhecido após exames adicionais”, complementa Sylvia Freire. O acompanhamento é realizado por ginecologistas e oncologistas, garantindo um tratamento personalizado e eficaz.
Com essa atualização nas recomendações e a ampliação do acesso ao exame, as mulheres ganham uma importante aliada na luta contra o câncer de colo do útero, reforçando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para salvar vidas.
Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa do Grupo Sabin.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



