Escarlatina: entenda os sinais na saúde bucal e como se prevenir
Saiba como a escarlatina impacta a boca e a importância do diagnóstico odontológico precoce
Dados recentes do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo (CVE) indicam um aumento nos casos de escarlatina no segundo semestre de 2025. Até 14 de outubro, foram registrados 224 casos, distribuídos em 54 surtos, sem nenhuma morte confirmada. Essa infecção bacteriana aguda, causada pela toxina do Streptococcus pyogenes, está associada à faringite e apresenta sintomas como febre, dor de garganta e erupção cutânea vermelha com textura áspera.
A escarlatina não afeta apenas a saúde geral, mas também pode causar alterações na cavidade oral. O presidente da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dr. Yuri Kalinin, destaca que nem todas as pessoas infectadas desenvolvem a doença, pois depende da sensibilidade às exotoxinas produzidas pela bactéria. A transmissão ocorre por gotículas respiratórias, contato com secreções, superfícies e alimentos contaminados.
O aumento dos casos tem sido associado a fatores como ciclos naturais do estreptococo do grupo A, maior circulação de crianças em ambientes escolares, queda da imunidade pós-pandemia, melhor diagnóstico e vigilância epidemiológica, além da circulação de cepas mais transmissíveis, embora sem maior gravidade.
Crianças entre 5 e 15 anos são as mais vulneráveis, enquanto casos em menores de 3 anos são raros. Adultos podem contrair a doença, mas com menor frequência. Na prática odontológica, o cirurgião-dentista desempenha papel fundamental na identificação dos sinais orais típicos, como a “língua em morango” — caracterizada por uma saburra branca inicial seguida de papilas vermelhas e aumentadas —, eritema no palato, amigdalite com exsudato e adenopatia cervical dolorosa.
“O dentista pode suspeitar da infecção quando a criança procura atendimento por dor de dente ou dor na boca”, alerta o Dr. Yuri. É essencial que o profissional identifique esses sinais, realize o tratamento adequado e encaminhe o paciente para avaliação médica, especialmente em casos de desidratação, dor oral intensa ou redução da ingestão alimentar.
A escarlatina tem cura e costuma evoluir bem com o tratamento correto, que inclui o uso de antibióticos para evitar complicações. O presidente da Câmara Técnica de Estomatologia do CROSP reforça que a doença não está relacionada a vírus ou vacinas.
Para prevenir a transmissão, recomenda-se lavar as mãos frequentemente, evitar compartilhar utensílios, ventilar ambientes, tossir no antebraço, evitar contato com pessoas infectadas e higienizar superfícies e objetos manipulados por crianças. O tratamento rápido dos casos suspeitos é fundamental para reduzir a propagação da escarlatina.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do CROSP, órgão responsável pela fiscalização e supervisão ética da Odontologia no Estado de São Paulo, que conta com mais de 175 mil profissionais registrados. A atuação dos cirurgiões-dentistas é essencial para a saúde bucal e o diagnóstico precoce de doenças que podem impactar a qualidade de vida, especialmente em crianças.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



