Diário da UTI conecta mãe e bebê prematuro mesmo durante a separação hospitalar
Iniciativa humanizada registra cada conquista do bebê para que a mãe acompanhe sua evolução mesmo internada
Uma ação de humanização no Hospital viValle, unidade da Rede D’Or em São José dos Campos, criou um elo afetivo entre uma mãe internada na UTI Adulto e seu bebê prematuro na UTI Neonatal. Por meio de um diário construído por equipes multiprofissionais, a mãe pôde acompanhar diariamente o desenvolvimento do filho, mesmo sem contato físico, durante um período de internação crítica.
O diário começou a ser produzido logo após o nascimento prematuro de Felipe, que ocorreu com 30 semanas de gestação, enquanto a mãe, Lívia, permanecia internada na UTI Adulto para tratamento oncológico. Por questões clínicas, mãe e filho foram separados e encaminhados para UTIs diferentes, impossibilitando o contato direto. Para manter o vínculo, profissionais de Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição e demais áreas assistenciais passaram a registrar em textos, fotos e vídeos cada conquista do bebê: sessões de fisioterapia, alimentação, banhos, ganho de peso, saída da incubadora para o berço e momentos de colo com o pai.
“Criamos o diário para manter o vínculo, garantir que a mãe não perdesse esse período tão sensível da vida do bebê. Cada profissional contribuiu com a parte que acompanhava, formando uma narrativa afetiva que se tornou essencial para ela compreender tudo o que o filho vivenciou”, explica Vanessa Matos Nerosky, psicóloga do Hospital viValle.
A importância do diário aumentou ainda mais quando a mãe precisou ser intubada e sedada devido a complicações. Nesse período, o diário deixou de ser apenas um acompanhamento e passou a funcionar como uma retrospectiva, ajudando Lívia a entender o que aconteceu enquanto esteve inconsciente. “O período de sedação foi o mais delicado. Ao acordar, ela precisava entender o que havia acontecido nesse intervalo. O diário ofereceu acolhimento e devolveu a ela o tempo perdido ao lado do filho”, complementa Vanessa.
A história da mãe e do bebê é marcada por desafios. Durante a gestação, Lívia sentiu dores intensas que levaram à suspeita de linfoma, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático. O parto foi antecipado para permitir o início do tratamento oncológico. Enquanto isso, o pai acompanhou de perto cada etapa do bebê, contribuindo para os registros e fortalecendo o vínculo familiar.
Hoje, ambos já receberam alta. O bebê está bem e a mãe segue em tratamento com o apoio da família, que inclui também uma filha de quatro anos. Essa iniciativa reforça o valor do cuidado humanizado, especialmente em situações de prematuridade e internação crítica. “Humanizar significa garantir que, mesmo em momentos de extrema fragilidade, mãe e filho não percam sua conexão. O diário simboliza esse compromisso”, finaliza Vanessa.
Este relato foi produzido com dados da assessoria de imprensa do Hospital viValle, da Rede D’Or, destacando a importância da empatia e da inovação no cuidado à saúde feminina e materna.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



