Sete práticas essenciais para transformar o atendimento ao cliente em 2026
Como estabelecer padrões claros e processos eficientes pode garantir vantagem competitiva no próximo ano
A experiência do cliente será um dos principais diferenciais competitivos de 2026. O relatório Future of Customer Experience, da PwC, mostra que 73% dos consumidores consideram esse elemento como algo decisivo na escolha por uma marca. O estudo Zendesk CX Trends reforça a tendência, apontando que 61% trocam de fornecedor após uma única experiência ruim e 76% não retornam quando falhas se repetem. Mesmo com avanços tecnológicos, a percepção do cliente continua condicionada à qualidade das interações e não apenas ao produto ou serviço adquirido.
O principal desafio para o próximo ano é transformar o atendimento em uma operação previsível e mensurável. Grande parte das empresas inicia o ano com demandas acumuladas e sem diretrizes mínimas de atendimento. Isso gera ruído, retrabalho e insegurança para o cliente, especialmente em setores que operam com alto volume e prazos curtos.
Esse cenário ganha ainda mais relevância em empresas de serviços, onde grande parte das entregas depende de comunicação clara, acompanhamento ativo e precisão operacional. A pressão aumenta nas viradas de ciclo, período em que organizações lidam com acúmulo de demandas, ajustes de equipe e reorganização de rotinas.
A virada do ano deve ser encarada como momento de redefinir padrões, mapear gargalos e estabelecer metas claras para equipes e gestores. Para fortalecer o atendimento e construir consistência no relacionamento com o cliente ao longo de 2026, destaco sete ações essenciais:
1. Definir o tempo máximo de primeira resposta
Prazos claros reduzem a percepção de abandono e elevam a confiança. A definição do tempo inicial de resposta deve ser documentada e de conhecimento de todo o time.
2. Padronizar respostas e fluxos internos
A falta de padrões gera divergências de orientação e erros facilmente evitáveis. O mapeamento de etapas e a definição de responsáveis reduzem variações e aumentam a clareza operacional.
3. Centralizar o histórico de todas as interações
Registros completos evitam repetição de perguntas, aceleram soluções e fortalecem a imagem da empresa. Sem histórico organizado, o cliente percebe descontinuidade.
4. Estabelecer critérios de priorização
Classificar demandas por urgência, impacto e prazos legais evita que tudo seja tratado como emergencial. Esse critério reduz a sobrecarga e direciona melhor a equipe.
5. Implementar checklists operacionais
Checklists evitam esquecimentos e garantem que etapas críticas sejam cumpridas. Operações que adotam listas de verificação têm queda significativa em retrabalho.
6. Monitorar indicadores de eficiência e satisfação
Tempo de resposta, reincidência de chamados e nível de satisfação são métricas fundamentais para ajustes. Decisões sem dados aumentam o risco de erro.
7. Treinar equipes com base em rotinas claras
Treinamentos periódicos fortalecem a cultura interna e asseguram alinhamento entre setores. A recomendação é manter revisões constantes e reforço das práticas documentadas.
2026 deve marcar a diferença entre empresas estruturadas e organizações que ainda operam de modo improvisado. Atendimento é processo, não improviso. Quem estabelece padrões e monitora desempenho entra no novo ciclo com vantagem competitiva real.
Por Hygor Lima
Especialista em gestão de processos para o setor contábil, fundador da Potencialize Resultados, idealizador do Método DITA, sócio do Energy Club, palestrante em eventos de negócios
Artigo de opinião



